São Paulo – O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) determinou o afastamento de mais seis auditores fiscais da Secretaria da Fazenda suspeitos de participação em um esquema de liberação acelerada de créditos de ICMS-ST mediante pagamento de propina. A medida amplia para nove o número de servidores investigados na Operação Ícaro, que já levou à prisão do auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto, apontado como líder do grupo.
Nova leva de afastamentos e abertura de processos disciplinares
Foram afastados nesta segunda-feira (25) os fiscais Artur Takefume Hamanaka, Fernando Kenji Iwai, Marcel Ono, Maria Cecília Grava Trentini, Maria da Conceição Rodrigues Fabaro e Selma Laltuf da Costa. A Secretaria da Fazenda instaurou sete Processos Administrativos Disciplinares e abriu outras 20 apurações preliminares para verificar eventual evolução patrimonial incompatível e indícios adicionais de irregularidades.
Segundo a Corregedoria da Fiscalização Tributária (Corfisp), há evidências de violação de sigilo funcional e de participação no esquema que teria movimentado cerca de R$ 1 bilhão em propinas, envolvendo grandes redes varejistas, entre elas Ultrafarma e Fast Shop. Caso confirmadas as infrações disciplinares, os servidores podem ser demitidos a bem do serviço público.
O secretário da Fazenda, Samuel Kinoshita, destacou no Diário Oficial a “necessidade de apuração definitiva” e referendou a criação de Comissões Processantes Especiais para conduzir os trabalhos. Kinoshita assinou ainda a revogação da Portaria CAT nº 42/2018 e do Decreto nº 67.853/2023, normas que permitiam a apropriação acelerada de créditos tributários.
Governador promete tolerância zero e recuperação de recursos
Tarcísio de Freitas afirmou que não haverá espaço para impunidade. “Vamos afastar, investigar e punir. Cada centavo terá de retornar aos cofres públicos”, declarou o governador. Ele salientou que o Estado colaborará integralmente com o Ministério Público e com os órgãos de controle para responsabilizar todos os envolvidos, na esfera administrativa e criminal.
A Fazenda informou que, a partir de agora, todo pedido de ressarcimento de ICMS-ST passará obrigatoriamente por auditoria fiscal até que o novo protocolo seja concluído. Foi instituído um grupo de trabalho em 15 de setembro para revisar as regras de conformidade, reestruturar o processo de devolução de créditos e implementar soluções tecnológicas de cruzamento automatizado de dados.
O objetivo é reforçar a integridade, dar transparência e evitar brechas que permitam fraudes semelhantes. A pasta pretende submeter as novas diretrizes a consulta interna antes de publicá-las de forma definitiva.
Alvo central da Operação Ícaro continua preso
Preso há duas semanas, Artur Gomes da Silva Neto pediu exoneração, aceita pela Fazenda na sexta-feira (22). A saída do cargo, contudo, não impede a continuidade do processo disciplinar. O auditor é apontado como o articulador da rede que liberava antecipadamente créditos tributários em troca de pagamentos ilícitos.
Também seguem sob investigação os fiscais Alberto Toshio Murakami e Marcelo de Almeida Gouveia, afastados anteriormente. Juntos, eles teriam atuado para aprovar ressarcimentos com documentação incompleta ou simulada, acelerando a concessão e favorecendo grandes contribuintes.


IMPERDÍVEL! Jair Bolsonaro: O fenômeno ignorado: Eles não entenderam nada




Imagem: Internet
Medidas estruturais para impedir novos desvios
A Fazenda destaca que a suspensão das normas de 2018 e 2023 já produz impacto imediato: empresas que solicitarem ressarcimento do ICMS-ST não receberão valores antes da análise minuciosa de cada documento fiscal. Além disso, o governo busca ampliar o uso de bases de dados externas — como notas eletrônicas emitidas em outras unidades da federação — para conferir a legitimidade de cada crédito.
O plano de ação prevê ainda a capacitação de auditores para operar ferramentas de análise de risco, bem como a adoção de relatórios periódicos a serem enviados à Corfisp e ao Tribunal de Contas. Essas providências pretendem assegurar rastreabilidade total do fluxo processual.
Impacto nas contas públicas e reação do mercado
Estudo preliminar da Secretaria mostra que os ressarcimentos fraudados podem ter gerado prejuízo superior a R$ 600 milhões aos cofres paulistas nos últimos cinco anos. O valor pode subir após a conclusão das 20 apurações preliminares. Analistas do setor varejista monitoram o caso, temendo que novas exigências burocráticas aumentem o tempo de retorno dos créditos legítimos. O governo, contudo, argumenta que a limpeza do sistema trará previsibilidade e segurança jurídica ao contribuinte regular.
Com a operação, Tarcísio reforça a imagem de gestor comprometido com o aperto fiscal e o combate a práticas que sangram o erário, alinhando-se às demandas de responsabilidade e transparência exigidas por investidores e pagadores de impostos.
Para acompanhar outras iniciativas do Executivo paulista na área de integridade e gestão pública, acesse a seção de política em Geral de Notícias.
Em resumo, o governo de São Paulo acelera a depuração interna e avança na recuperação de valores desviados do ICMS-ST. Se você quer ficar por dentro das próximas etapas da Operação Ícaro e das medidas anticorrupção no Estado, continue acompanhando nossa cobertura e compartilhe esta notícia.

Camiseta Camisa Bolsonaro Presidente 2026 Pátria Brasil 6 X 10,00 S/JUROS


Quando você efetua suas compras por meio dos links disponíveis aqui no Geral de Notícias, podemos receber uma comissão de afiliado, sem que isso acarrete nenhum custo adicional para você!