O ex-presidente Jair Bolsonaro, 68 anos, vem apresentando crises recorrentes de soluço que se agravam quando fala por períodos prolongados ou se exalta. O quadro foi confirmado pelo cirurgião abdominal Cláudio Birolini, responsável pelo seu acompanhamento médico desde a última intervenção cirúrgica, realizada em abril deste ano.
Tratamento médico em curso
Segundo Birolini, as crises podem provocar reflexos de vômito quando atingem maior intensidade. O médico informou que o desconforto é aliviado temporariamente após os episódios de vômito, mas as manifestações voltam de forma intermitente. “Estamos insistindo em tratamento medicamentoso para controle e profilaxia dessas crises. Não há causa definida até o momento”, registrou o profissional.
Na segunda-feira, familiares cogitaram a internação de Bolsonaro em razão de quatro episódios consecutivos de vômito. O dr. Birolini foi chamado com urgência, passou a noite na residência no Jardim Botânico, em Brasília, e descartou hospitalização imediata. No dia seguinte, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro relatou melhora temporária e agradeceu pelas orações direcionadas ao marido.
Visitas políticas apesar das restrições
Mesmo em prisão domiciliar desde agosto, o ex-presidente continua recebendo figuras próximas do campo político. Na segunda-feira, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), esteve no local e defendeu, na saída, a concessão de anistia aos condenados pelos atos de 8 de Janeiro. Na terça-feira, a deputada Caroline de Toni (PL-SC) relatou preocupação com a saúde de Bolsonaro após visita breve. Na quarta-feira, foi a vez do senador Esperidião Amin (PP-SC) registrar presença, seguido, em dias distintos, pelo senador Magno Malta (PL-ES) e pelo deputado Delegado Caveira (PL-PA).
A defesa do ex-presidente protocolou no Supremo Tribunal Federal quatro pedidos adicionais de acesso de aliados: Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL; o líder da bancada na Câmara, Sóstenes Cavalcante; o senador Márcio Bittar (PL-AC); e o vereador Gilson Machado Neto, filho do ex-ministro do Turismo. Os advogados alegam que os encontros são necessários para diálogo político e pessoal. As autorizações dependem de análise do ministro Alexandre de Moraes.
Histórico de complicações digestivas
A saúde de Jair Bolsonaro tornou-se tema frequente desde a facada sofrida em setembro de 2018, durante a campanha presidencial. A agressão resultou em várias cirurgias e repercussões no sistema digestivo. Em abril deste ano, ele passou por um procedimento de 12 horas para reconstrução da parede abdominal, considerado um dos mais complexos de sua trajetória clínica.
Em setembro, já sob custódia domiciliar, o ex-presidente saiu pela primeira vez de casa para realizar avaliação dermatológica no Hospital DF Star, em Brasília. Poucos dias depois, voltou a relatar crises de soluço e vômito, o que levou a nova intervenção de Birolini no próprio domicílio. Desde então, o tratamento medicamentoso foi ajustado, mas os episódios continuam a ocorrer.
Rotina limitada e foco na recuperação
Pessoas próximas relatam que Bolsonaro alterna momentos de silêncio com breves conversas sobre assuntos políticos. O ex-presidente permanece a maior parte do tempo dentro da residência, tomando líquidos, seguindo dieta leve e cumprindo orientações médicas para reduzir o esforço ao falar. Apesar das condições, mantém agenda de reuniões com correligionários para tratar de questões do Partido Liberal e da conjuntura nacional.
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Imagem: Internet
Aliados consideram que a fragilidade atual é consequência direta das complicações surgidas após a facada de 2018 e das extensas cirurgias subsequentes. Eles reforçam que as visitas têm caráter de apoio, buscando preservar o ex-presidente de deslocamentos enquanto enfrenta o quadro clínico.
Caso a evolução do tratamento não seja satisfatória, a equipe médica estuda a possibilidade de novos exames para investigar a origem dos espasmos. Entretanto, por ora, a recomendação é seguir em casa, com acompanhamento regular e observação constante.
Em meio às limitações impostas pela decisão judicial, o ex-chefe do Executivo concentra esforços na recuperação, contando com a assistência familiar e a presença de lideranças próximas.
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Em resumo, Jair Bolsonaro lida com novas crises de soluço, avaliadas de perto pelo dr. Cláudio Birolini, enquanto permanece em prisão domiciliar e recebe apoio de aliados. Continue acompanhando nossas atualizações e compartilhe esta notícia com quem se interessa pelos bastidores da política nacional.
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