A presidente da Iniciativa Liberal (IL), Mariana Leitão, manteve o foco no próprio programa e evitou comentários sobre a decisão do PSD de apoiar a ex-autarca comunista Maria das Dores Meira na disputa pela Câmara de Setúbal. Durante passagem pelo mercado municipal neste domingo (data local), a dirigente liberal reiterou que o eleitor terá a oportunidade de julgar as escolhas feitas pelos partidos no pleito marcado para 12 de outubro.
PSD aposta em ex-comunista para Setúbal
Sem apresentar candidatura própria, o PSD optou por endossar a antiga presidente da Câmara Maria das Dores Meira, que militou pelo PCP e lidera agora um movimento de independentes. A escolha gerou questionamentos na estrutura local social-democrata devido ao histórico de Meira, que em 2021 concorreu por Almada na coligação da CDU e teve a sua gestão financeira alvo de auditoria interna.
Além de Meira, outros nomes participam da corrida eleitoral setubalense. O atual chefe do executivo, André Martins (PEV), tenta o segundo mandato. O PS lança o deputado Fernando José, apoiado pelo ex-autarca Carlos Sousa. Pelo Chega, o empresário António Cachaço substituiu Lina Lopes, que alegou ter sido vítima de campanha difamatória. Esse cenário fragmentado torna a eleição aberta, sem favorito claro.
Estratégia da Iniciativa Liberal
A caravana da IL percorre municípios onde o partido concorre isolado ou em coligação. Em Setúbal, a sigla apresenta o advogado Flávio Lança como cabeça de lista. Questionada sobre a parceria do PSD com uma ex-comunista, Mariana Leitão reforçou a postura liberal de não interferir em decisões alheias: “Se o PSD toma essas opções, é um problema do PSD, e os eleitores podem expressar indignação nas urnas”, afirmou.
Segundo Leitão, a prioridade é oferecer “soluções concretas” em cada município. Ela citou como exemplo Lisboa, onde a IL compõe coligação com o social-democrata Carlos Moedas, e Oeiras, local em que foi vereadora. A dirigente defendeu que a presença liberal garante propostas de eficiência na gestão pública, redução de impostos e maior transparência orçamentária.
Contexto político e impacto local
O apoio do PSD a Meira contrasta com o discurso de renovação defendido nacionalmente pela sigla. Críticas internas apontam incoerência, já que a candidata foi vice-presidente do atual prefeito verde, integrou o PCP durante décadas e teve a gestão examinada pela auditoria camarária. Mesmo assim, a direção distrital acredita que Meira dispõe de reconhecimento popular e pode dificultar a reeleição de André Martins.
Para a IL, a escolha abre espaço para conquistar o eleitorado liberal e conservador desconfortável com alianças à esquerda. Flávio Lança tem insistido no argumento de que Setúbal precisa romper com “modelos estatizantes” que, segundo ele, travam o desenvolvimento económico local. A legenda defende redução de taxas municipais, simplificação de licenças urbanísticas e parcerias público-privadas em infraestrutura.


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Imagem: Internet
Disputa fragmentada e calendário eleitoral
O pleito de outubro envolverá ainda debates sobre mobilidade, recuperação do centro histórico e segurança portuária. A pandemia provocou queda na atividade turística e expôs fragilidades na saúde municipal, temas que devem pautar os programas de todos os candidatos.
Sem maioria prevista, a eleição poderá levar a acordos de segunda volta ou composições pós-pleito. Nesse contexto, a posição da IL de apresentar candidato próprio busca fortalecer a marca liberal e ampliar barganha em possíveis negociações.
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Resumo: Mariana Leitão evitou polemizar a decisão do PSD em Setúbal, concentrando-se na proposta liberal liderada por Flávio Lança. A fragmentação do cenário local torna a disputa imprevisível, e o eleitor decide em outubro qual trajetória deseja para o município. Continue com a gente e acompanhe todas as atualizações sobre o pleito e seus desdobramentos.
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