Rio de Janeiro — Afastado da magistratura e impedido de concorrer até 2031, o ex-juiz federal Marcelo Bretas declarou que assumirá papel ativo como cabo eleitoral a partir de agora. Responsável pela Lava Jato no Rio, ele disse que trabalhará “enfaticamente” por candidaturas alinhadas à direita em todo o país nas eleições de 2026.
Foco em nomes conservadores para Planalto e governo fluminense
Bretas, 53 anos, perdeu o direito de disputar cargos públicos após decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que o aposentou compulsoriamente em junho de 2025. Mesmo assim, o ex-magistrado afirma que há “muitas formas de participar da política sem ser candidato” e pretende usar a própria visibilidade para influenciar eleitores.
Em entrevista publicada neste domingo (5), ele confirmou que buscará nomes “conservadores e de direita” tanto para o Palácio do Planalto quanto para o governo do Rio de Janeiro. O ex-juiz ainda não definiu qual pré-candidato apoiará, mas deixou claro que a escolha seguirá critérios ideológicos.
“Não posso ser votado, mas posso conseguir muito voto”, ressaltou. Segundo Bretas, a estratégia envolve presença em eventos públicos, participação em redes sociais e articulação direta com lideranças regionais, especialmente em comunidades evangélicas que concentram parte expressiva do eleitorado fluminense.
Condenação administrativa e polêmica com Eduardo Paes
O CNJ julgou três processos disciplinares contra o ex-juiz por supostas irregularidades na condução de ações penais. Entre as acusações, está o depoimento antecipado de um ex-secretário municipal que, em 2018, atingiu politicamente o então candidato ao governo do Rio, Eduardo Paes (PSD). Para o relator José Rotodano, Bretas teria adotado postura de acusador e buscado protagonismo midiático.
A punição administrativa não afeta direitos civis, mas torna Bretas inelegível pelo período de oito anos previsto na Lei da Ficha Limpa. O ex-magistrado contesta o teor das acusações e alega ter agido dentro dos limites legais das investigações. Ao comentar a foto em que aparece de mãos dadas com o ex-governador Wilson Witzel durante um culto em 2019, Bretas reconheceu “erro de avaliação” e disse que, na época, “não se sabia de nada contra ele”.
Nova carreira: palestras, consultorias e mentorias jurídicas
Fora dos tribunais, Bretas atua hoje em três frentes principais: palestras, consultorias e mentorias voltadas a advogados e estudantes. Segundo ele, o objetivo é compartilhar experiência na aplicação da Lei de Organizações Criminosas, delações premiadas e mecanismos de recuperação de ativos — temas centrais da Lava Jato.
Os serviços incluem análise de estratégias processuais e cursos sobre investigação criminal. Essa agenda profissional, afirma, será conciliada ao trabalho voluntário na campanha eleitoral de 2026. “Pretendo percorrer todo o estado, conversar com lideranças e levar informação ao eleitor”, explicou.
Impacto esperado no cenário de 2026
Figuras políticas ligadas ao campo conservador consideram que Bretas pode ampliar a mobilização de bases já alinhadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, especialmente no Sudeste. Aliados avaliam que o ex-juiz tem forte apelo entre eleitores favoráveis ao combate à corrupção e pode atuar como voz de endosso para nomes que buscam capitalizar esse segmento.


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Imagem: Fernando Frazão
Em 2024, pesquisa do Instituto Paraná apontou que 62% dos eleitores fluminenses acompanham ou conhecem o histórico da Lava Jato no estado. Analistas políticos creditam parte da visibilidade a Bretas, que comandou grandes operações envolvendo empreiteiras, doleiros e agentes públicos.
A capacidade de transferência de votos ainda será testada, mas partidos de direita trabalham com a perspectiva de diálogo com o ex-magistrado na construção de chapas majoritárias e proporcionais. Bretas, por sua vez, diz que não estabelecerá condicionantes além da convergência ideológica. “Meu apoio virá para quem defender valores conservadores, liberdade econômica e respeito ao Estado de Direito”, declarou.
Com o calendário eleitoral se aproximando, a participação de Bretas adiciona novo elemento à disputa de 2026. À medida que ele define nomes preferenciais, legendas conservadoras ampliam articulações para aproveitar a exposição que o ex-juiz mantém nos meios de comunicação e entre líderes religiosos.
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Em resumo, Marcelo Bretas busca converter sua notoriedade na Lava Jato em capital político a serviço de candidaturas de direita em 2026. Se essa atuação se traduzirá em votos decisivos, saberemos nos próximos ciclos de pesquisa e, sobretudo, nas urnas. Continue conosco e receba alertas sobre cada passo dessa corrida eleitoral.
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