O candidato da coligação CDU (PCP/PEV) à Câmara de Ponta Delgada, Henrique Levy, declarou que pretende assumir o papel de porta-voz dos grupos que, segundo ele, jamais receberam atenção do atual executivo chefiado pelo social-democrata Pedro Nascimento Cabral. A afirmação foi feita nesta segunda-feira durante ação de campanha na freguesia de São Pedro.
Compromisso de representar quem se sente silenciado
Levy afirmou que, caso vença a eleição de domingo, “defenderá todos os que foram excluídos pela soberba, pela falta de empatia e pela misoginia” do governo municipal. O candidato acusou o gabinete liderado pelo PSD de ignorar pobres, mulheres, crianças e idosos. “Eu serei a voz dessas pessoas no município de Ponta Delgada”, reforçou.
Durante a manhã, o cabeça de lista concentrou esforços em sensibilizar moradores de São Pedro para eleger um presidente que priorize a assistência social. Ele relatou ter se deparado com habitantes que precisam escolher entre comprar medicamentos ou alimentos e que enfrentam dificuldades de locomoção.
Medidas voltadas ao público feminino
Henrique Levy enviou carta aberta às mulheres de Ponta Delgada afirmando que elas ainda recebem salários menores que os homens, sofrem ostracismo e são alvo de misoginia em uma “sociedade patriarcal”. Ele destacou que o atual executivo possui apenas uma mulher em seus pelouros, enquanto as demais teriam deixado o cargo para abrir espaço a homens.
Para enfrentar o que chama de exclusão feminina, o candidato propõe a criação dos seguintes órgãos e iniciativas:
- Gabinete Municipal da Mulher e da Igualdade;
- Assembleia Consultiva Feminina;
- Creches municipais gratuitas com horários compatíveis com a jornada de trabalho;
- Centro de Memória Feminina dos Açores, destinado a valorizar o papel histórico das mulheres na região.
Levy defende que uma gestão equilibrada exige participação feminina em processos decisórios. “Não podemos ter uma sociedade governada apenas por homens”, declarou.
Cenário eleitoral e composição atual do município
Além de Henrique Levy, disputam a chefia da maior autarquia dos Açores: Isabel Almeida Rodrigues (coligação PS, BE, PAN e Livre), Sónia Nicolau (Ponta Delgada Para Todos – independente), Pedro Nascimento Cabral (PSD, candidato à reeleição), Alexandra Cunha (IL), José Pacheco (Chega) e Rui Matos (ADN).
Hoje, o PSD controla a Câmara com cinco assentos contra quatro do PS. Já na Assembleia Municipal, formada por 51 membros, os sociais-democratas detêm 25 mandatos e convivem com representantes do PS, IL, BE e duas listas independentes.
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Imagem: Internet
Foco em políticas sociais e igualdade de gênero
O programa da CDU traz a “ação social” como prioridade e enfatiza o “feminino como pilar de justiça social”. Levy declarou que, se eleito, usará “o poder conferido para abrir espaço ao feminino, ouvir mães exaustas, cuidadoras esquecidas e vítimas de violência”.
Durante a campanha, o candidato recorreu a termos fortes ao classificar o governo municipal como “misógino”. Ele sustenta que novas estruturas administrativas são necessárias para proteção de grupos vulneráveis e para garantir que mulheres ocupem espaço na gestão pública.
Próximos passos até a votação
A eleição municipal ocorre no domingo e definirá os rumos de Ponta Delgada até 2025. A expectativa é de disputa acirrada entre a chapa governista, liderada por Nascimento Cabral, e as diferentes coligações de oposição, cada qual com agendas específicas para economia, assistência social e representação de gênero.
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Em resumo, Henrique Levy centra sua campanha na promessa de dar voz a setores que, segundo ele, foram negligenciados, propondo novos gabinetes e ações voltadas principalmente às mulheres. Fique atento às atualizações e participe: seu voto define o futuro de Ponta Delgada.
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