A cabeça de lista do PAN à Câmara Municipal do Funchal, Mónica Freitas, voltou a apontar a falta de estruturas adequadas no mercadinho de agricultura biológica que ocorre todas as quartas-feiras na Avenida Arriaga, zona central da capital madeirense. Em visita ao local, nesta quarta-feira, a candidata afirmou que a retirada das tendas que antes protegiam produtores e clientes do sol e da chuva reduziu a dignidade do espaço e desincentiva a venda de produtos orgânicos.
Retirada de tendas gera impasse
De acordo com Mónica Freitas, as tendas eram instaladas pela Secretaria Regional da Agricultura até o fim de 2024. A pasta, no entanto, deixou de executar o serviço por alegada falta de pessoal para montagem e desmontagem semanal. A candidata classificou a justificativa como “insuficiente” e defendeu que a Câmara Municipal do Funchal assuma a tarefa, argumentando que o município dispõe de materiais e equipes capazes de executar a operação com regularidade.
Segundo a porta-voz do partido, o mercadinho ganhou visibilidade ao longo dos anos por situar-se em uma artéria movimentada da cidade, mas perdeu qualidade desde que as bancas foram removidas. “O local é excelente, porém carece de atenção do poder local para valorizar o trabalho dos agricultores”, declarou. Atualmente, seis produtores participam da feira semanal.
Proposta de protocolo entre governo regional e município
Freitas sugere um acordo formal entre o Governo Regional da Madeira e a Câmara do Funchal para garantir a reinstalação das estruturas. O PAN argumenta que o protocolo evitaria disputas sobre competências e disponibilizaria recursos de forma contínua, reforçando iniciativas recentes da autarquia, como a Semana da Alimentação Sustentável. Para o partido, assegurar o abrigo dos expositores seria coerente com o discurso de incentivo a práticas agrícolas sustentáveis.
A candidata recordou que, durante o mandato do PAN na Assembleia Legislativa da Madeira (2023-2024), o partido apresentou voto em apoio aos produtores que pediam melhores condições de venda. Esse posicionamento, afirma ela, permanece como prioridade na campanha para as eleições municipais de domingo.
Cenário eleitoral no concelho
O município do Funchal, com 108.129 habitantes (dados oficiais de 2024), reúne o maior número de candidaturas do país nesta disputa autárquica: 14 listas buscam ocupar a chefia do executivo local. O atual colegiado é liderado por uma coligação PSD/CDS-PP, comandada por Cristina Pedra, que detém seis vereadores. A coligação Confiança, encabeçada pelo PS, ocupa cinco cadeiras sem pelouro.
Além de Mónica Freitas (PAN), concorrem Paulo Azevedo (Nova Direita), Marta Sofia (Livre), Luís Filipe Santos (Chega), Rui Caetano (PS), Miguel Pita (ADN), Fátima Aveiro (JPP), Raquel Coelho (PTP), Válter Rodrigues (MPT), Jorge Carvalho (coligação PSD/CDS-PP), Ricardo Lume (CDU), Sara Jardim (IL), Liana Reis (RIR) e Dina Letra (BE). O pleito acontece neste domingo e definirá a composição dos órgãos municipais para o próximo quadriênio.
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Imagem: Internet
A reivindicação do PAN chega em momento de debates sobre prioridades orçamentárias da cidade. Enquanto a Secretaria Regional da Agricultura justifica a suspensão das tendas por limitação de pessoal, a candidata sustenta que a Câmara dispõe de estrutura suficiente para garantir as montagens, prática adotada em outros eventos ao longo do ano na mesma avenida.
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Em suma, o PAN busca envolver governo regional e município para restabelecer as tendas no mercadinho biológico, alegando que a medida fortalece produtores locais e a imagem de sustentabilidade do Funchal. Continue acompanhando nossas atualizações e participe deixando sua opinião nos comentários.
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