Hotmilk, ecossistema de inovação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), projeta alcançar R$ 769 milhões em receita no próximo ano. O hub reúne mais de 140 startups e fechou 2024 com faturamento de R$ 521 milhões, confirmando a força do modelo baseado em parceria entre iniciativa privada e ambiente acadêmico.
Faturamento em alta impulsiona ecossistema
Um levantamento interno aponta que 40% das empresas instaladas na Hotmilk foram criadas por ex-alunos da PUCPR. Esse grupo movimentou R$ 177 milhões em 2024, demonstrando que a universidade funciona como celeiro de negócios de base tecnológica. Além disso, 52% dos colaboradores que atuam no hub são estudantes ou egressos da instituição, o que reforça a integração entre teoria e prática.
Entre as dez startups mais consolidadas, o faturamento individual chegou a R$ 63 milhões no ano passado. O resultado sinaliza maturidade para atrair investimentos privados, gerar emprego qualificado e ampliar a renda no estado. Para 2025, a estimativa é de crescimento de 48% na soma das receitas, atingindo R$ 769 milhões.
Programa Evolution fortalece empreendedorismo acadêmico
Para sustentar a expansão, a Hotmilk mantém o Programa Evolution. Voltada a alunos e ex-alunos, a iniciativa oferece aceleração sem custo, mentorias com especialistas de mercado, capacitações técnicas e acesso direto a fundos de investimento. O objetivo é facilitar a passagem de projetos de sala de aula para negócios com tração real.
Segundo Marcelo Moura Fernandes, diretor do Ecossistema de Inovação da PUCPR, a universidade deixou de atuar apenas como centro de formação teórica. “Quando o estudante tem mentoria, estrutura e conexões com o mercado, a inovação sai do papel e gera impacto econômico”, afirma.
Casos de destaque: Bindflow e 4kst
A Bindflow é um dos exemplos de spin-offs bem-sucedidas. A software house nasceu da percepção de oportunidades no setor de consultoria. Fundado por profissionais que decidiram transferir experiência corporativa para o próprio negócio, o projeto conta com Jeferson Passos, ex-aluno da PUCPR, como COO. Ele já havia tentado empreender durante a graduação e destaca que o laboratório empresarial é fundamental para desenvolver liderança e capacidade de assumir riscos.
Outra companhia de referência é a 4kst, spin-off do Centro de Pesquisas em Inteligência Artificial da universidade. A deep tech trabalha com Adaptive AI e desenvolveu algoritmo próprio de data stream learning. O CEO Riccardo Lanzuolo explica que cada solução é customizada para problemas específicos dos clientes, combinando pesquisa acadêmica e aplicação prática. O professor doutor Fabrício Enembreck completa a equipe como CTO.
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Imagem: Divulgação
Integração com mercado favorece competitividade
Os números confirmam que a combinação de pesquisa aplicada, mentorias e capital privado cria ambiente propício para inovação de base tecnológica. O modelo também atrai empresas que buscam soluções de alto nível desenvolvidas em parceria com pesquisadores, encurtando o tempo de chegada ao mercado.
No plano econômico, a geração de vagas qualificadas reforça a arrecadação de impostos e a circulação de capital no Paraná. A aposta em inovação universitária fortalece a competitividade regional e estimula a livre iniciativa, fundamento essencial para o desenvolvimento sustentado.
Mais detalhes sobre iniciativas de empreendedorismo e políticas públicas que impactam o setor podem ser conferidos em nossa editoria de Política.
Em síntese, a Hotmilk evidencia como a parceria entre academia e setor privado amplia oportunidades, promove eficiência na utilização de recursos e gera riqueza local. Continue acompanhando nossas publicações para entender como o ambiente de negócios brasileiro se transforma e identificar novas oportunidades de investimento.
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