Pelo segundo ano consecutivo, lideranças da direita voltarão à Avenida Paulista, em São Paulo, para manifestações no feriado de 7 de Setembro. O ato, batizado de “Reaja Brasil”, terá como foco o apoio à anistia de manifestantes de 8 de Janeiro e o respaldo público ao ex-presidente Jair Bolsonaro, julgado no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposto envolvimento em um plano de golpe.
Governadores ganham destaque no palanque
O anfitrião do evento será o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos). Ele divide a organização com o pastor Silas Malafaia, figura central na mobilização evangélica pró-Bolsonaro. Tarcísio pretende usar a estrutura do governo para garantir segurança, estrutura de som e logística ao público estimado em dezenas de milhares de pessoas.
Já confirmaram presença pelo menos dois nomes cotados para a corrida presidencial de 2026. Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, será um deles. Com discurso liberal na economia, Zema vem ampliando presença nacional por meio de agendas empresariais e eventos partidários.
Outro potencial presidenciável, Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, avalia sua participação. Pessoas próximas afirmam que o gestor goiano pondera questões de agenda estadual, mas não descarta a viagem a São Paulo.
Entre os governadores filiados ao PL, sigla de Bolsonaro, Jorginho Mello, de Santa Catarina, confirmou que estará no palanque. Já Cláudio Castro (RJ) e Ratinho Júnior (PR) não aparecem, até o momento, na lista de presença.
Contexto político e simbologia da data
O 7 de Setembro, data em que se celebra a independência do Brasil, ganhou conotação política nos últimos anos ao ser apropriado por movimentos alinhados à direita. Neste ano, o feriado ocorre no meio do julgamento que envolve Bolsonaro e outros sete réus, acusados pelo STF de tramarem um golpe de Estado. A simultaneidade, segundo organizadores, reforça a urgência do pedido de anistia.
Para o segmento conservador, a anistia se justifica como medida de pacificação nacional diante do tratamento considerado desproporcional dado a manifestantes presos em 8 de Janeiro. O tema será tratado como pauta principal nos discursos.
Pastor Silas Malafaia, responsável por articular caravanas de fiéis de igrejas evangélicas, vem reiterando que a ausência de governadores, em atos anteriores, gerou frustração na base bolsonarista. Em comício realizado em 3 de agosto, também na Paulista, Malafaia criticou quem, na sua avaliação, se coloca como alternativa a Bolsonaro, mas evita enfrentar o STF. Desta vez, ele sustenta que a adesão de chefes de Executivo estaduais mostrará coesão no campo conservador.
Logística e segurança do evento
De acordo com interlocutores do Palácio dos Bandeirantes, a Polícia Militar de São Paulo prepara esquema semelhante ao implementado em celebrações anteriores do feriado, com bloqueio de vias, revista de mochilas e uso de câmeras para monitorar a multidão. O acesso ao trio elétrico principal será limitado a autoridades previamente cadastradas para evitar tumultos.
Também haverá postos médicos, banheiros químicos e distribuição de água ao longo da avenida. Ônibus de várias regiões do país são aguardados, sobretudo do interior de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Santa Catarina. A organização orienta que participantes usem as cores da bandeira brasileira e levem faixas em apoio à anistia.


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Imagem: Internet
Discurso unificado em torno de Bolsonaro
A narrativa central do Reaja Brasil será a defesa do ex-presidente. Embora Tarcísio, Zema e Caiado sejam apontados como possíveis candidatos em 2026, os três evitam, publicamente, qualquer distanciamento de Bolsonaro. Nos bastidores, aliados classificam o ex-chefe do Executivo como ator indispensável ao jogo eleitoral, seja como candidato ou cabo eleitoral.
Nos últimos meses, o cerco jurídico ao ex-mandatário intensificou-se, com investigações que abarcam a manutenção de joias recebidas no exterior e, mais recentemente, a suposta tentativa de vender objetos do acervo presidencial. A presença de governadores ao lado de Bolsonaro em manifestação de rua tem peso simbólico, pois sinaliza que o capital político do ex-presidente permanece mobilizador.
Próximos passos e expectativas
Após o ato de 7 de Setembro, líderes do movimento pretendem levar um documento ao Congresso Nacional solicitando tramitação célere de projetos pró-anistia. Parlamentares da Frente Conservadora já indicaram que retomarão negociações depois do feriado, apostando no impacto das imagens da Paulista lotada.
Do lado adversário, partidos de esquerda monitoram a mobilização e prometem reagir no parlamento. No entanto, aliados de Bolsonaro acreditam que o 7 de Setembro servirá como termômetro do humor social e marcará o início de um novo ciclo de manifestações populares em 2024.
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O ato Reaja Brasil desponta como evento decisivo para medir a força das lideranças conservadoras e o potencial de mobilização em torno do ex-presidente Jair Bolsonaro. Continue ligado em nossas atualizações e compartilhe esta matéria para que mais pessoas entendam o cenário que se desenha para 2026.
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