Dirigentes mantêm foco em Bolsonaro para o próximo pleito
O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, reiterou neste sábado (6) que o partido não pretende apresentar outro nome que não seja Jair Bolsonaro para a disputa presidencial de 2026. Em mensagem publicada nas redes sociais, Valdemar foi direto: “Não temos plano B. O nosso plano é Bolsonaro candidato”. A afirmação busca encerrar, ao menos por ora, rumores de que a legenda poderia testar novas alternativas diante da inelegibilidade imposta ao ex-chefe do Executivo pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 2030.
O posicionamento ocorre em meio a pressões de setores da direita que defendem a preparação de opções, caso o quadro jurídico de Bolsonaro não se altere. Mesmo assim, Valdemar insistiu que o partido permanece “unido em torno de seu líder” e que a presença do ex-presidente é considerada essencial para manter a base mobilizada.
Riscos jurídicos e possíveis substitutos em discussão
Nos bastidores, dirigentes admitem que o principal entrave à estratégia do PL continua sendo o conjunto de processos aos quais Bolsonaro responde. O ex-mandatário é alvo de julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) em razão dos episódios de 8 de janeiro de 2023, quando grupos invadiram as sedes dos Três Poderes em Brasília. Até o momento, não há decisão final da Corte, mas eventual condenação poderia agravar ainda mais o cenário do ex-presidente.
Diante dessa incerteza, lideranças de direita analisam o nome do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como potencial candidato. O próprio Valdemar, porém, afirmou que o tema não está em pauta e que qualquer definição caberá a Bolsonaro, caso se confirme a impossibilidade de concorrer.
Anistia para envolvidos nos atos de 8 de janeiro
Em entrevista na quarta-feira (3), Valdemar declarou que o projeto de lei em discussão na Câmara dos Deputados, que prevê anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro, inclui a possibilidade de beneficiar Bolsonaro em um momento posterior. Segundo ele, a proposta tem apoio não apenas do PL, mas também de PP, União Brasil, Republicanos e PSD, o que, na avaliação do dirigente, garantiria votos suficientes para aprovação.
O tema ganhou força porque o julgamento no STF, em instância única para ex-presidentes, restringe as possibilidades de recurso. Valdemar sustenta que a anistia seria necessária para assegurar um segundo grau de análise: “Todo cidadão tem direito a um segundo julgamento”, afirmou. Ele argumenta que, sem esse mecanismo, não haveria meio de revisar eventuais erros da Corte.
Cenário interno do PL e mobilização da base
Ao rejeitar qualquer plano alternativo, a direção do PL busca preservar o capital político acumulado desde 2018. Dirigentes avaliam que o engajamento da militância depende diretamente da figura de Bolsonaro, e que a troca de liderança poderia dispersar eleitores. A narrativa oficial, portanto, é de fidelidade ao ex-chefe de Estado até que todas as instâncias judiciais sejam esgotadas ou revertidas.
Enquanto isso, aliados trabalham para minimizar divisões internas. A expectativa é de que, na hipótese de confirmação da inelegibilidade, Bolsonaro tenha participação decisiva na escolha de um substituto, evitando disputas públicas que possam fragmentar o campo conservador.


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Imagem: Marcello Casal Jr.
Pressão por votação e atuação de Tarcísio
A tramitação da anistia depende da decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que ainda não definiu data para apreciação. Nos corredores da Casa, parlamentares alinhados ao ex-presidente intensificam articulações para levar o projeto ao plenário antes do final do ano legislativo. O governador Tarcísio de Freitas, mesmo sem integrar o PL, mostrou apoio à proposta, reforçando a mobilização da ala de direita no Congresso.
Valdemar descartou, entretanto, qualquer vinculação entre o apoio de Tarcísio e uma possível candidatura presidencial. Segundo ele, a participação do governador paulista ocorre no âmbito de seu partido, e “é Bolsonaro quem escolherá” o nome para 2026, caso o ex-presidente permaneça inelegível.
Próximos passos rumo a 2026
O calendário eleitoral ainda permite margem para ajustes. Mesmo que a inelegibilidade permaneça, aliados acreditam que poderá haver janela jurídica ou legislativa para recolocar Bolsonaro na disputa. Se isso não ocorrer, o PL deverá decidir entre apostar em uma figura de fora da legenda, como Tarcísio, ou lançar um nome interno capaz de herdar parte do eleitorado bolsonarista.
Até lá, a estratégia oficial continua clara: manter a coesão, reforçar a imagem do ex-presidente e buscar soluções políticas — como a anistia — que ampliem suas condições de elegibilidade. A direção do partido afirma estar pronta para enfrentamentos judiciais e legislativos, apostando na força do eleitor conservador para influenciar o debate público.
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Em resumo, o PL reforça publicamente sua confiança em Jair Bolsonaro como principal nome para 2026, ignora um plano alternativo e concentra esforços em iniciativas que possam reverter sua inelegibilidade. Continue conosco para mais informações e compartilhe este conteúdo com quem acompanha o cenário político brasileiro.
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