Manifestações em várias capitais brasileiras marcaram o 7 de Setembro deste domingo. Organizados por grupos de oposição ao governo federal e por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, os atos tiveram como focos o pedido de anistia aos detidos pelos eventos de 8 de janeiro de 2023 e o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Brasília concentra maior público e reforça pautas
Na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, milhares de pessoas concentraram-se a partir das primeiras horas da manhã. Vestidos com as cores verde e amarela, manifestantes exibiam faixas com o lema “Reaja, Brasil”. Entre os símbolos mais fotografados estava um boneco representando o ministro Alexandre de Moraes atrás das grades, criação do empresário Vanderlei Komatsu. Segundo ele, a peça “representa o sentimento de quem vê excessos do Judiciário”.
A mobilização contou com barracas de venda de bandeiras, camisetas e adereços temáticos. Um grupo fantasiado chamava atenção pela criatividade: Marcos, morador do Distrito Federal, criou um traje para “alertar sobre riscos às liberdades no país” e carregava cartaz com a frase “Anistia Já”. A presença policial foi intensa, mas não houve registro de confrontos.
Discursos revezavam-se em trio elétrico. Luíza Cunha, filha de Clézio Cunha — detento do 8 de janeiro que morreu enquanto aguardava julgamento —, emocionou a plateia ao defender a anistia “em nome das famílias que sofrem há mais de dois anos”. Oradores também pediram o afastamento de Alexandre de Moraes, alegando “perseguição política” contra conservadores.
Goiânia reforça adesão popular no Centro-Oeste
Na capital goiana, a mobilização ganhou força ao longo da manhã. A Avenida 85 ficou tomada de camisetas canarinho, cartazes contra o STF e caminhões de som. Um automóvel adaptado exibia o letreiro “Anistia Já” em grandes letras vermelhas. O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) discursou, classificando as prisões do 8/1 como “injustas” e sustentando que “a Constituição não pode ser reescrita por um único ministro”.
Imagens aéreas divulgadas pela organização local mostraram a via principal ocupada por famílias, idosos e jovens. Ambulantes venderam bandeiras e bonés com a sigla “QG” — referência a “Quartel-General”, ponto de encontro de manifestantes em 2022. Segundo os organizadores, o ato transcorreu sem incidentes.
Outras cidades aderem ao “Reaja, Brasil”
Relatos enviados por comitês regionais indicam protestos em pelo menos 30 municípios, incluindo Belo Horizonte, Porto Alegre e Florianópolis. Em São Paulo, grupos se reuniram diante do Parque do Ibirapuera e estenderam uma faixa com a frase “Liberdade aos Patriotas”. No Rio de Janeiro, o ponto de encontro foi a praia de Copacabana, onde manifestantes entoaram o hino nacional em coro.
Apesar das proporções variadas, as pautas mantiveram-se homogêneas: apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, críticas ao STF, clamor por anistia e defesa de impeachment de Alexandre de Moraes. Organizadores projetam novos atos caso o Congresso não avance em projetos de lei relacionados ao tema.


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Imagem: Aline Rechmann
Contexto político e próximas etapas
Os protestos ocorrem em meio a debates no Legislativo sobre propostas de anistia. Parlamentares da oposição articulam a votação de um projeto para extinguir processos contra manifestantes do 8 de janeiro, ação que enfrenta resistência de partidos governistas. Já o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes aguarda avaliação do presidente do Senado.
Integrantes do governo federal minimizam a relevância dos atos e classificam as reivindicações como “sem respaldo jurídico”. Em nota, o Ministério da Justiça reiterou que “todos os detidos possuem direito de defesa e amplo acesso ao Judiciário”.
Do lado dos manifestantes, líderes garantem continuidade das mobilizações até que o Congresso aprove a anistia e o Senado analise o afastamento do ministro. Um novo dia de protestos está sendo organizado para outubro, coincidindo com a reabertura dos trabalhos legislativos.
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Em síntese, o 7 de Setembro demonstrou força de grupos conservadores que reivindicam anistia aos presos do 8/1 e cobram limites ao STF. Continue acompanhando nossos conteúdos e mantenha-se informado sobre os próximos desdobramentos.
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