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Banco Central barra venda e Banco Master corre risco de intervenção recorde

Política

O Banco Central vetou a venda de 58% do capital do Banco Master ao Banco de Brasília (BRB) e colocou a instituição privada diante de um caminho que pode terminar em intervenção, liquidação e acionamento inédito do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

Cenário após o veto do Banco Central

A decisão foi comunicada em 3 de setembro e surpreendeu o mercado, que já contava com o aval regulatório depois de sinalizações positivas do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Câmara Legislativa do Distrito Federal. Sem a aprovação, as duas partes ainda podem recorrer ao próprio Banco Central para tentar reconsideração ou, pelo menos, ganhar prazo adicional. O BRB informou em nota que aguarda acesso ao processo para avaliar “alternativas cabíveis”.

Internamente, o CEO do Master, Daniel Vorcaro, trabalha em um “plano B” a ser apresentado rapidamente. Já o governo do Distrito Federal, controlador de 72% do BRB, não se manifestou oficialmente sobre eventual contestação. Paralelamente, especialistas avaliam que encontrar novo comprador é improvável. O professor Rafael Schiozer, da FGV-EAESP, afirma que o regulador sondou interessados nos últimos meses, sem sucesso, dentro das condições exigidas para preservar a estabilidade financeira.

Sem candidatos, a intervenção surge como próxima etapa lógica. Nesse modelo, a diretoria atual seria afastada e um interventor designado pelo Banco Central buscaria a saída menos onerosa para o sistema, com alta probabilidade de liquidação extrajudicial posterior. Esse roteiro tem sido comum em operações recentes: a intervenção funciona como antessala da liquidação, segundo Schiozer.

Impacto potencial sobre investidores dos CDBs

O ponto mais sensível da eventual liquidação é o estoque de R$ 51 bilhões em Certificados de Depósito Bancário emitidos pelo Master. Caso o banco seja liquidado, o FGC precisará honrar os papéis até o limite de garantia por investidor, hoje em R$ 250 mil. O montante equivaleria a 42% das reservas atuais do fundo, estimadas em R$ 121 bilhões. Seria o maior socorro desde a criação do FGC, em 1995, superando em mais que o dobro os R$ 19 bilhões destinados ao Bamerindus na década de 1990.

Os números chamam atenção porque o Master captou recursos oferecendo até 140% do CDI, taxa bem acima da praticada no mercado. Segundo relatórios distribuídos a clientes, a instituição mantém R$ 63 bilhões em ativos, porém boa parte de difícil liquidez imediata. Estimativas apontam apenas R$ 2 bilhões em caixa disponíveis contra R$ 4,8 bilhões em CDBs que vencem ainda neste semestre, quadro que reforça a preocupação do regulador.

Motivos prováveis para o veto

O Banco Central não divulgou o voto que embasou a negativa, alegando sigilo comercial. Analistas do setor citam dois pontos principais. O primeiro seria o risco de sucessão de passivos: mesmo que o BRB ficasse apenas com a “parte boa” do Master, eventual deterioração poderia contaminar as finanças do banco público distrital. O segundo ponto envolve a autonomia do regulador diante de pressões políticas. Na véspera do indeferimento, deputados tentavam aprovar projeto que permite ao Congresso destituir presidentes e diretores do BC, movimento visto por ex-dirigentes da autarquia como tentativa de interferência.

No entendimento de técnicos, manter a independência do Banco Central é elemento-chave para proteger o sistema de decisões motivadas por interesses partidários. Ao bloquear a compra, a autoridade monetária sinalizou prioridade à solidez bancária em detrimento de eventuais demandas políticas.

Próximas etapas possíveis

Com a venda suspensa, restam três alternativas concretas. A primeira é reverter o veto em recurso administrativo, caminho considerado difícil. A segunda seria atrair novo investidor capaz de assumir os ativos do Master sem comprometer a prudência regulatória, hipótese remota. A terceira, mais provável, é a intervenção seguida de liquidação. Nesse cenário, o FGC seria convocado a ressarcir os aplicadores dentro do teto de garantia, enquanto créditos de maior valor ficariam sujeitos ao processo de falência.

Desde 1995, 40 instituições foram liquidadas com cobertura do fundo. A amplitude do caso Master, entretanto, testará a capacidade operacional do FGC, que terá de desembolsar volume substancial em pouco tempo, preservando, ao mesmo passo, confiança dos depositantes nas demais instituições.

Reações políticas e repercussões

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), atribuiu o veto a pressões de partidos de esquerda. No Congresso, a proposta de reduzir a autonomia do Banco Central permanece em discussão, mas enfrenta resistência de economistas e ex-dirigentes que defendem a independência da autoridade monetária como barreira contra riscos sistêmicos.

Para investidores, a orientação continua a mesma: verificar se o valor aplicado não ultrapassa o limite assegurado pelo FGC e acompanhar os comunicados oficiais. Até o momento, o fundo não se pronunciou sobre cronogramas ou procedimentos específicos, mas historicamente os pagamentos começam poucos dias após a decretação de liquidação.

Para acompanhar outras movimentações políticas que impactam o sistema financeiro, acesse a seção de Política e mantenha-se informado.

Em resumo, o veto do Banco Central encerrou a tentativa de venda do Banco Master ao BRB e abriu caminho para uma possível intervenção que pode mobilizar quase metade dos recursos do FGC. Fique atento às atualizações e compartilhe esta matéria para que mais investidores estejam preparados.

Para informações oficiais e atualizadas sobre política brasileira, consulte também:

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