O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) declarou que colocará seu nome à disposição para a eleição presidencial de 2026 caso o ex-presidente Jair Bolsonaro permaneça impedido de concorrer. A afirmação foi feita na última terça-feira (23), durante entrevista ao programa Contexto Metrópoles, na qual o parlamentar também criticou o avanço de processos que buscam torná-lo inelegível.
Condição imposta pela inelegibilidade do pai
Eduardo Bolsonaro explicou que sua candidatura é condicional. Segundo ele, a pretensão de disputar o Palácio do Planalto só se concretizará se o ex-chefe do Executivo, condenado e declarado inelegível, seguir impossibilitado de registrar candidatura. “Eu sou, na impossibilidade de Jair Bolsonaro, candidato a presidente da República”, afirmou.
O deputado alegou perseguição por parte de setores do Judiciário e do Congresso, dizendo que existe “pressa” em aprovar condenações que o deixem fora do páreo. O parlamentar mencionou especificamente a possibilidade de julgamento na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) como um dos caminhos buscados por seus adversários para inviabilizar sua participação na disputa.
Michelle Bolsonaro também não descarta a disputa
Além de Eduardo, outro nome da família é cogitado para a próxima eleição. Em entrevista a um jornal britânico, Michelle Bolsonaro declarou que pode liderar uma chapa em 2026, embora tenha destacado que, no momento, sua prioridade é cuidar do marido, recentemente diagnosticado com lesões cancerígenas na pele.
A ex-primeira-dama reforçou a lealdade ao ex-presidente, mas deixou a porta aberta para uma eventual candidatura, caso seja necessário manter o legado político construído desde 2018.
Processos no Conselho de Ética e acusações de quebra de decoro
A ofensiva contra Eduardo Bolsonaro avançou no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara. O colegiado instaurou procedimento a partir de representação da bancada do PT que pede a cassação de seu mandato por quebra de decoro. Há, ainda, outras três representações já protocoladas que aguardam análise.
O deputado enfrenta também a possibilidade de perda de mandato por faltas não justificadas. Ele solicitou licença para permanecer nos Estados Unidos, onde diz viver em condição de exílio devido à perseguição política no Brasil. O período de afastamento terminou em julho e, desde então, a ausência em sessões passou a ser contabilizada.
Argumentos de defesa e denúncia de perseguição
Eduardo sustenta que os processos disciplinarem fazem parte de uma estratégia para retirá-lo da vida pública. No entendimento do parlamentar, as acusações de quebra de decoro carecem de fundamento jurídico consistente e visam apenas impedir sua ascensão política em 2026. Ele reiterou que retornará ao país quando existirem “condições mínimas de segurança jurídica” para sua atuação.
Cenário eleitoral de 2026
Com a inelegibilidade de Jair Bolsonaro mantida até o momento, aliados do ex-presidente buscam alternativas para manter o capital eleitoral do campo conservador. A possível candidatura de Eduardo surge como caminho natural dentro do Partido Liberal, enquanto a eventual participação de Michelle Bolsonaro também ganha força entre apoiadores.


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Imagem: Zoltan Mathe
Nesse contexto, o desenrolar dos processos contra o deputado no STF e na Câmara será determinante para a definição do palanque bolsonarista. Se condenado, Eduardo pode ficar impedido de disputar qualquer cargo público, cenário que obrigaria o grupo a consolidar outro nome.
A articulação em torno dos Bolsonaros acontece em paralelo aos desafios de outras siglas na definição de pré-candidaturas. Partidos de esquerda e centro-esquerda avaliam apoios ou lançamentos próprios, enquanto legendas de centro unem forças para tentar romper a polarização. A expectativa é que o quadro eleitoral só ganhe contornos mais nítidos após as eleições municipais de 2024 e os últimos julgamentos contra lideranças nacionais.
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Em resumo, Eduardo Bolsonaro reafirmou sua disposição de disputar a Presidência se o pai permanecer inelegível e denunciou tentativa de torná-lo fora do jogo político antes da campanha de 2026. A definição do quadro eleitoral depende, agora, dos desfechos judiciais e das decisões internas no Partido Liberal.
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