geraldenoticias 1758808812

Lula defende governança global no G7 e reacende debate sobre soberania

Política

Durante a reunião do G7 em Kananaskis, na província canadense de Alberta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender a criação de um mecanismo de governança global, alegando que o atual sistema multilateral “exclui a maioria dos países”. A fala, feita antes da abertura oficial da cúpula, retoma um posicionamento que o chefe do Executivo brasileiro já havia expressado em outras ocasiões.

O discurso em Kananaskis

Lula participou da Sessão 7 – Segurança Energética ao lado dos líderes das nações do G7, de representantes de economias convidadas e de dirigentes de organismos internacionais. Nos minutos que antecederam o encontro, o presidente defendeu que “o mundo não pode ser governado por poucos” e pediu um novo arranjo decisório com voz para o que chamou de maioria excluída.

Segundo o mandatário, a proposta permitiria maior “inclusão” de países em desenvolvimento na definição de normas econômicas, ambientais e sociais. A pauta é recorrente no Planalto, que costuma citar mudanças climáticas, desigualdade de renda e defesa de minorias como temas que justificariam uma instância supranacional mais robusta.

Críticas apontam ameaça à soberania nacional

O economista e escritor Ubiratan Jorge Iorio, autor de artigo que analisa o tema, classifica a ideia de governança global como “uma estrutura supranacional de controle político, econômico e social”. Ele argumenta que, caso implementada, a fórmula deslocaria decisões antes tomadas por representantes eleitos para burocracias internacionais sem voto popular.

Na visão do articulista, organizações como ONU, OMS, FMI, Banco Mundial, Otan e OEA já funcionariam como antecâmara desse projeto ao sugerir padrões universais em áreas fiscais, sanitárias, ambientais ou digitais. Entre os exemplos citados estão:

  • propostas de tratados obrigatórios da OMS na área de saúde;
  • a ideia, discutida na ONU, de um eventual imposto global para financiar programas de redistribuição de riqueza;
  • restrições ambientais defendidas em conferências do clima que atingem diretamente produtores rurais.

Para críticos, tais medidas representam risco de centralização autoritária, uniformização cultural e enfraquecimento da autonomia dos Estados. Eles afirmam que o distanciamento geográfico e político de um governo mundial dificultaria a fiscalização democrática e ampliaria a influência de grandes corporações, ONGs internacionalistas e bilionários com alcance global.

Raízes históricas e conexão com o socialismo

Iorio recorda que o internacionalismo faz parte da doutrina socialista desde o século XIX, citando a Primeira, a Segunda e a Terceira Internacionais como tentativas de unificar movimentos revolucionários além das fronteiras nacionais. Na interpretação do economista, a atual defesa de uma ordem mundial reflete a mesma lógica: diluir o conceito de soberania para viabilizar agendas ideológicas de alcance planetário.

O autor lembra ainda que governos alinhados a regimes autocráticos – citando Cuba, Venezuela, Rússia, China e Irã – tendem a apoiar fórmulas de governança global por enxergarem nelas a oportunidade de relativizar liberdades individuais em nome de uma gestão supranacional.

Pandemia e uniformização de políticas

A resposta internacional à covid-19 aparece como exemplo concreto no texto. De acordo com a análise, a padronização de protocolos de saúde, restrições de deslocamento e modelos de “passaporte sanitário” ilustram como uma autoridade internacional pode impor diretrizes únicas, mesmo diante de realidades locais diversas. Para os opositores da ideia, repetir esse modelo em outras áreas – como economia ou meio ambiente – ampliaria o poder de instâncias sem legitimidade eleitoral.

Ceticismo sobre o “bem comum” global

O artigo conclui que a retórica de solidariedade global, paz e igualdade serve como fachada para transferir poder a um “super Leviatã” distante da população. O autor sustenta que a descentralização, a soberania e o controle democrático local permanecem como barreiras essenciais contra possíveis abusos.

Para acompanhar outros desdobramentos sobre a atuação do governo brasileiro em fóruns internacionais, visite a seção dedicada à política em Geral de Notícias.

Em síntese, a intervenção de Lula no G7 reacende uma discussão central: até que ponto a busca por soluções globais justifica abrir mão de prerrogativas nacionais? Acompanhe nossas publicações, compartilhe este conteúdo e participe do debate sobre os rumos da soberania brasileira.

Para informações oficiais e atualizadas sobre política brasileira, consulte também:

IMPERDÍVEL! Jair Bolsonaro: O fenômeno ignorado: Eles não entenderam nada

IMPERDÍVEL! Jair Bolsonaro: O fenômeno ignorado: Eles não entenderam nada

R$52,36 R$99,00 -47%
Ver na Amazon
Caneca Brasil Bolsonaro

Caneca Brasil Bolsonaro

R$29,90 R$59,00 -49%
Ver na Amazon
Camiseta Bolsonaro Donald Trump presidente

Camiseta Bolsonaro Donald Trump presidente

R$49,99 R$109,99 -55%
Ver na Amazon
Mouse Pad Bolsonaro assinando Lei Animais

Mouse Pad Bolsonaro assinando Lei Animais

R$17,90 R$49,99 -64%
Ver na Amazon
Mito ou verdade: Jair Messias Bolsonaro - Leitura Imperdível!

Mito ou verdade: Jair Messias Bolsonaro - Leitura Imperdível!

R$21,30 R$49,99 -57%
Ver na Amazon

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Quando você efetua suas compras por meio dos links disponíveis aqui no Geral de Notícias, podemos receber uma comissão de afiliado, sem que isso acarrete nenhum custo adicional para você!