O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) declarou, em evento sobre segurança pública realizado nesta sexta-feira (26) em Brasília, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “já caminha para a sua quarta eleição” e se comporta como candidato à reeleição em 2026. Ao comentar o cenário político, Motta destacou a condição inédita de Lula como chefe do Executivo eleito três vezes desde a redemocratização e avaliou que o petista está, na prática, em pré-campanha permanente.
Líderes polarizados e entraves no Congresso
O parlamentar mencionou o ex-presidente Jair Bolsonaro, definido por ele como “o líder político da direita no Brasil”. Motta lembrou que o Supremo Tribunal Federal (STF) julga processos contra Bolsonaro e argumentou que decisões judiciais e fatores externos têm interferido na pauta do Legislativo. Entre os obstáculos citados, o deputado apontou a política tarifária dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros e as sanções impostas a ministros da Corte.
Segundo o congressista, a combinação de tensões institucionais e barreiras comerciais dificulta a aprovação de propostas consideradas prioritárias, sobretudo em temas que exigem articulação suprapartidária. “Quando o ambiente político está contaminado, projetos de interesse público acabam retardados”, afirmou.
Defesa do Sistema Único de Segurança Pública
Durante o mesmo encontro, promovido pela organização Comunitas, Motta defendeu a Proposta de Emenda à Constituição que institui o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP). A iniciativa busca integrar União, Estados e municípios no enfrentamento ao crime organizado, com objetivo de racionalizar recursos e padronizar procedimentos.
O deputado explicou que a PEC concentra esforços em três eixos: financiamento compartilhado, interoperabilidade de bases de dados e formação unificada de agentes. “A PEC rompe a lógica de disputas ideológicas e cria uma agenda de consenso”, observou. Ele acrescentou que a escolha de Mendonça Filho (União-PE) como relator foi estratégica para imprimir caráter técnico ao texto e reduzir o impacto da polarização no debate legislativo.
Articulação e calendário legislativo
Motta alertou que o calendário apertado do Congresso exige celeridade. Para ele, o avanço do SUSP dependerá de negociação direta com líderes partidários e governadores, além de diálogo transparente com as bancadas estaduais. O parlamentar também sugeriu que as comissões temáticas priorizem a matéria antes do recesso parlamentar, a fim de evitar que o tema seja engolido pela agenda eleitoral de 2024 e pela disputa presidencial que se aproxima.
Embora reconheça dificuldade em temas fiscais, Motta avalia que a segurança pública tem potencial para unir diferentes correntes políticas. “Nenhum eleitor quer ver seu bairro refém da criminalidade; essa é uma pauta que fala mais alto do que rivalidades”, resumiu.
Impacto econômico e postura governamental
Ao abordar a política tarifária dos Estados Unidos, o deputado afirmou que tarifas adicionais sobre aço e alumínio do Brasil afetam diretamente cadeias produtivas nacionais e, consequentemente, a geração de empregos. Na avaliação dele, o governo federal deveria adotar postura mais firme nas negociações internacionais, pois “não basta viajar e discursar; é preciso defender de fato o interesse brasileiro”.
Motta acrescentou que decisões internas, como sanções a magistrados, criam clima de insegurança jurídica e afastam investidores. Nesse contexto, o deputado defendeu que o Legislativo exerça seu papel moderador, assegurando previsibilidade institucional para que a economia volte a crescer.


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Imagem: Reprodução
Bolsonaro no STF e reflexos na direita
Questionado sobre o julgamento de Bolsonaro, o parlamentar ressaltou que a direita continua identificada com o ex-presidente. Para Motta, eventual condenação judicial não apagará o capital político acumulado, mas pode estimular novas lideranças a surgir no campo conservador. Ele reiterou, porém, que “qualquer movimento eleitoral dependerá do andamento dos processos e da resposta das ruas”.
Próximos passos
A expectativa de Hugo Motta é que a PEC do SUSP seja votada na Comissão de Constituição e Justiça nas próximas semanas, avançando ao plenário ainda neste semestre. Para isso, ele pretende intensificar conversas com o presidente da Câmara e com líderes de bancadas. O deputado argumenta que o fortalecimento da segurança pública é urgente e não pode ficar refém de disputas entre Planalto, STF ou partidos.
Em paralelo, o congressista alerta para o risco de “campanha eleitoral antecipada” por parte do Planalto. Na visão dele, caso Lula concentre esforços em viagens e anúncios com finalidade eleitoral, pautas estruturais — como o combate ao crime organizado — tendem a perder espaço.
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Em resumo, Hugo Motta colocou holofotes sobre dois temas centrais: a movimentação precoce de Lula rumo a 2026 e a necessidade de aprovar rapidamente o Sistema Único de Segurança Pública. Para não perder nenhuma atualização sobre esses debates, acompanhe nossos próximos artigos e participe ativamente nos comentários.
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