Parlamentares do PL e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro se concentraram neste 7 de Setembro no estacionamento da Funarte, área central de Brasília, para defender anistia aos condenados pelos episódios de 8 de janeiro e reiterar críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF). O ato foi acompanhado por cerca de 50 policiais militares do Distrito Federal e transcorreu sem ocorrências.
Críticas ao STF dominam os discursos
No carro de som, deputados, senadores e lideranças locais direcionaram críticas recorrentes ao ministro Alexandre de Moraes. O deputado Zé Trovão (PL-SC) lembrou a própria prisão, determinada pelo magistrado, e declarou que a tentativa de silenciá-lo “reforçou a disposição de lutar pela nação”. A deputada Bia Kicis (PL-DF) classificou a anistia como “imposição moral”, afirmando que não há democracia plena enquanto existirem “presos políticos”.
O senador Izalci Lucas (PL-DF) afirmou que qualquer eleição sem a participação de Bolsonaro configuraria “golpe”, argumento repetido por aliados que veem a condenação do ex-chefe do Executivo como fator de desequilíbrio no processo eleitoral. O desembargador aposentado Sebastião Coelho qualificou o STF como “tribunal opressor” e defendeu a anulação das eleições de 2022, citando denúncias apresentadas no Senado pelo engenheiro Eduardo Tagliaferro.
Anistia em pauta no Congresso
O deputado Alberto Fraga (PL-DF) garantiu que o projeto de anistia deve ser votado “em até 20 dias” e declarou haver votos suficientes para aprovação. Segundo ele, a proposta precisa ser “geral e irrestrita”, abrangendo todos os envolvidos, inclusive Bolsonaro. A tese foi reforçada por Coelho, que classificou qualquer versão que exclua o ex-presidente como “farsa”.
Familiares de presos também tiveram espaço. Luíza Cunha, filha do empresário Clezão, morto após ser detido em 2022, afirmou que a anistia “não trará o pai de volta, mas devolverá alegria a outras famílias”. Evandro Soares, pai do advogado Lucas Costa Brasileiro, preso desde janeiro de 2023, descreveu o ato como “grito de guerra” contra o que considera injustiça.
Projeção internacional e estratégia eleitoral
As bandeiras do Brasil, dos Estados Unidos e de Israel destacaram a dimensão internacional buscada pelo movimento. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi aplaudido pelo público, reconhecido como articulador de apoio externo à causa. A senadora Damares Alves (PL-DF) citou o ex-presidente norte-americano Donald Trump como símbolo de uma “renovação conservadora mundial” e avaliou que “o jogo mudou” em favor da direita.
Já o senador Jaime Bagattoli (PL-RO) enfatizou a meta de eleger pelo menos 54 senadores conservadores em 2026, condição que, segundo ele, garantiria maioria no Senado e facilitaria a agenda defendida pelos manifestantes. Para Bagattoli, a atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos “ajuda o Brasil ao fortalecer alianças que pressionam por liberdade”.
Segurança e mobilização
A Polícia Militar manteve efetivo ostensivo, mas não registrou incidentes. O local, atrás da Torre de TV, permitiu vista ampla do público, que ergueu cartazes contra Moraes e clamou “volta, Bolsonaro”. Entre uma fala e outra, o hino nacional foi executado, reforçando o tom cívico adotado pelos organizadores.


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Imagem: Aline Rechmann
O deputado distrital Thiago Manzoni (PL-DF) resumiu o sentimento dos presentes ao declarar que o país vive “regime autoritário” e que a mobilização não cessará até a libertação dos presos. Em consonância, diversos oradores pediram que a população permaneça nas ruas e pressione o Congresso pela votação imediata da anistia.
Com o ato de Brasília, a ala bolsonarista busca manter viva a pauta da anistia e pressionar o STF em pleno feriado cívico. A movimentação faz parte de uma estratégia maior que envolve articulação parlamentar, mobilização popular e apoio de lideranças estrangeiras.
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Este resumo traz os principais fatos do ato de 7 de Setembro na capital federal, destacando a defesa de anistia e a contestação ao STF. Continue acompanhando nossos conteúdos e compartilhe a matéria para ampliar o debate.
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