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Bolsonaro apresenta defesa final no STF antes de votação sobre 8 de Janeiro

Política

A equipe jurídica do ex-presidente Jair Bolsonaro abriu, na noite de terça-feira (2), a fase de sustentação oral perante a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). É a última etapa destinada às defesas antes de os ministros iniciarem a votação sobre o processo que investiga a responsabilidade do ex-chefe do Executivo nos episódios de 8 de janeiro de 2023.

Última manifestação antes do julgamento

Os advogados utilizaram o tempo regulamentar para solicitar a absolvição ou, de forma alternativa, a redução de eventuais penas. De acordo com o rito processual, concluídas todas as sustentações orais, cada ministro da Turma apresentará o voto, definindo se os réus serão condenados ou absolvidos.

A defesa sustentou que Bolsonaro não teve participação direta nos atos de vandalismo contra os prédios dos Três Poderes, argumentando ausência de provas que o vinculem à depredação. Os advogados também contestaram a tese de organização criminosa armada, destacando que não é possível imputar ao ex-presidente autoria ou comando de grupos que teriam agido para subverter a ordem institucional.

Ministério Público insiste em papel central de Bolsonaro

Na fase anterior, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou memorial pedindo a condenação do ex-mandatário. Segundo Gonet, a tentativa de golpe teria sido articulada a partir de 2021, em um plano dividido em núcleos político, militar e de comunicação, todos supostamente coordenados por Bolsonaro.

O PGR elencou como provas diálogos de auxiliares próximos, minutas apreendidas em endereços ligados aos investigados e a destruição de bens públicos ocorrida em 8 de janeiro. Conforme o órgão, depoimentos de ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica corroboram a existência de uma “minuta do golpe” que previa intervenção nas urnas eletrônicas, substituição de ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e decretação de estado de defesa.

Gonet também afirmou que, em interrogatório, Bolsonaro teria admitido a busca de “alternativas” para contornar decisões do TSE — declaração considerada indício de intenção antidemocrática. O Ministério Público sustenta ainda que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi mobilizada para monitorar autoridades e disseminar dúvidas sobre o sistema eleitoral, enquanto a Polícia Rodoviária Federal (PRF) teria atuado para dificultar o deslocamento de eleitores em regiões favoráveis ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva.

Demais réus e acusações em análise

Além de Jair Bolsonaro, sete ex-auxiliares respondem no mesmo processo:

  • Alexandre Ramagem – deputado federal e ex-diretor-geral da Abin;
  • Almir Garnier – almirante de esquadra que comandou a Marinha durante o governo Bolsonaro;
  • Anderson Torres – ex-ministro da Justiça;
  • Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
  • Mauro Cid – ex-ajudante de ordens da Presidência;
  • Paulo Sérgio Nogueira – general e ex-ministro da Defesa;
  • Walter Braga Netto – general, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, candidato a vice-presidente em 2022.

Todos são réus pelos mesmos cinco crimes listados pela Procuradoria-Geral da República:

  1. Organização criminosa armada;
  2. Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  3. Golpe de Estado;
  4. Dano qualificado pela violência e ameaça grave;
  5. Deterioração de patrimônio tombado.

Próximos passos no Supremo

A expectativa é que o presidente da Primeira Turma, ministro Alexandre de Moraes, abra a votação logo após o término das sustentações. Seguirão os votos dos ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Luiz Fux. O julgamento poderá ser concluído em uma única sessão ou estender-se caso algum magistrado peça vista.

Se condenados, Bolsonaro e os demais réus estarão sujeitos a penas que somadas ultrapassam 20 anos de prisão, além de perda de direitos políticos. Em caso de absolvição parcial ou total, o Ministério Público pode apresentar recurso ao plenário do STF.

O assunto permanecerá em destaque na cena política nacional. Para acompanhar outras reportagens sobre decisões do Supremo, acesse a seção de Política.

Em síntese, a Primeira Turma inicia a fase decisiva de um processo que pode redefinir o futuro político do ex-presidente e de antigos colaboradores. Continue acompanhando nossas atualizações e receba alertas sobre cada voto divulgado.

Para informações oficiais e atualizadas sobre política brasileira, consulte também:

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