Braga oficializou nesta sexta-feira (14) a contratação da concepção e construção da primeira linha do BRT (Bus Rapid Transit), ao custo de 32,6 milhões de euros, e o prefeito Ricardo Rio demonstrou perplexidade com a recente onda de críticas ao projeto, endossada pela maioria dos candidatos que disputam sua sucessão.
Contrato firmado após raro consenso PSD–PS
Ricardo Rio, que governa o município português há 12 anos sob liderança do PSD, lembrou que o traçado entre a estação ferroviária e o hospital de Braga — via Universidade do Minho — foi viabilizado graças a um entendimento considerado incomum entre a prefeitura de centro-direita e um governo nacional comandado pelo Partido Socialista. Segundo ele, representantes de várias siglas e da sociedade civil participaram das negociações para garantir o financiamento pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
“O BRT foi fruto de um consenso alargadíssimo que raramente se vê”, declarou. O chefe do Executivo municipal argumentou que, até a fase de assinatura, nenhum partido havia contestado o empreendimento de forma substancial. Ele estranhou que, “na espuma de uma campanha eleitoral”, candidatos passem a questionar um projeto discutido publicamente durante meses.
Candidatos rompem entendimento e falam em ações judiciais
Dos dez nomes que disputam a prefeitura, apenas João Rodrigues — atual vereador e representante da coligação Juntos por Braga — mantém apoio irrestrito ao BRT. As demais candidaturas, incluindo a chapa PS-PAN, manifestam oposição e prometem barrar as obras. Na quinta-feira (13), a coligação de esquerda anunciou que ingressará com uma providência cautelar para tentar suspender a execução.
Para Rio, parte da resistência decorre de um “efeito espelho” em relação a protestos que ocorrem no Porto. Lá, grupos contrários também utilizam recursos judiciais para atrasar um projeto semelhante de transporte rápido. “Não podemos replicar maus exemplos”, criticou o prefeito, classificando a movimentação como mera estratégia eleitoral.
O social-democrata sugeriu que interessados em avaliação técnica procurem ex-líderes nacionais do PS favoráveis ao BRT, como o ex-primeiro-ministro António Costa e ex-ministros Duarte Cordeiro e Pedro Nuno Santos. O objetivo, disse, é demonstrar que o modelo tem respaldo inclusive entre quadros históricos da esquerda.
Detalhes da obra e financiamento garantido
A primeira linha contará com 12 estações totalmente integradas à rede dos Transportes Urbanos de Braga, com bilhética unificada. O tempo estimado de viagem entre os terminais é de 17 minutos. Além do contrato civil de 32,6 milhões de euros, a aquisição de veículos e sistemas eleva o investimento a 75,5 milhões, integralmente coberto pelo PRR. O prazo de conclusão estabelecido é 30 de junho de 2026.
O traçado exigirá a demolição do viaduto da rotunda Santos da Cunha, intervenção já prevista nos estudos. Outras três linhas constam no plano municipal de mobilidade, embora ainda não tenham calendário definido.


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Imagem: Internet
Impacto político e próximos passos
Ricardo Rio deixará o cargo ao final do mandato, mas espera que o BRT avance sem interrupções. Ele avaliou que a contestação eleitoral tenta capitalizar o descontentamento localizado de alguns moradores afetados por obras pontuais, ignorando benefícios de longo prazo para a mobilidade urbana.
Apesar da ameaça de ações judiciais, o contrato já está assinado e os procedimentos de licença seguem em cronograma. A administração municipal afirma ter respaldo legal e financeiro para iniciar a construção tão logo as licenças ambientais sejam liberadas.
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Em resumo, Braga deu sinal verde definitivo ao BRT, consolidando um investimento de 75,5 milhões de euros bancado pelo PRR, enquanto candidatos ao paço municipal tentam reverter um consenso que envolveu governo central e prefeitura. Fique atento às próximas atualizações e compartilhe esta matéria para manter mais pessoas informadas.
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