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Chega avança no Algarve e ameaça virar Faro e Albufeira nas urnas

Política

O Algarve, historicamente associado ao domínio do PSD e do PS, encara as próximas eleições autárquicas com um elemento novo de peso: o Chega aparece como favorito em Faro e em Albufeira, depois de vencer o distrito nas legislativas de 2024 e 2025. A mudança de cenário coloca pressão sobre as estruturas tradicionais e expõe um sentimento de abandono que, segundo moradores, se arrasta há anos.

Faro: disputa tripla e foco na imigração

Na capital algarvia, três candidaturas se posicionam com chances reais de vitória. O Chega escalou o deputado e líder parlamentar Pedro Pinto, visto por parte do eleitorado local como “paraquedista” por vir de Lisboa. A crítica, porém, não impede o avanço do partido. Eleitores apontam a sensação de insegurança ligada ao aumento da imigração do subcontinente indiano e à degradação do espaço público como razões para romper com PSD e PS.

Pelo PS, concorre António Miguel Pina, que administrou Olhão por 12 anos. Nas sondagens, aparece numericamente à frente, mas sem margem confortável. O socialista aposta na construção de mil habitações e defende programas de integração de estrangeiros, com ênfase no ensino da língua portuguesa.

A coligação PSD/CDS/IL/PAN/MPT lança Cristóvão Norte, natural da cidade. O candidato foca em habitação acessível, promete 500 novas casas e reforço da iluminação pública e da videovigilância para conter a percepção de criminalidade. Ele minimiza a ligação direta entre imigração e violência, mas reconhece que mudanças bruscas no tecido social geram desconforto.

Enquanto isso, Pedro Pinto defende o reaproveitamento de imóveis vazios no centro e reforça o discurso contra a imigração ilegal: para o deputado, muitos recém-chegados “claramente não trabalham” e sobrecarregam serviços. A linha dura ecoa entre moradores dos bairros periféricos, cansados de assaltos e degradação urbana.

Albufeira: cansaço com turismo desregulado

Em Albufeira, cidade marcada pelo turismo britânico, as queixas se concentram na Rua da Oura, palco recorrente de desordem noturna. Comerciantes relatam queda no movimento familiar e aumento de violência ligada ao consumo excessivo de álcool. O Chega tenta capitalizar esse desgaste.

Ex-deputado do PSD, Rui Cristina trocou de legenda e lidera a chapa do Chega. O discurso prioriza segurança, triplicação do efetivo da Polícia Municipal e combate a alojamentos superlotados de imigrantes que, segundo ele, pressionam os aluguéis. Episódios de brigas entre estrangeiros em plena luz do dia são usados como exemplo de falha do poder local.

No comando do município há mais de duas décadas, o social-democrata José Carlos Rolo busca a reeleição e sustenta que as novas regras de funcionamento noturno já reduziram ocorrências na Oura. Ele destaca projetos para residentes, como seguro-saúde para idosos e transporte público gratuito, e alerta contra “aventuras eleitorais”.

Fator Ventura e desafio das autarquias

O presidente do Chega, André Ventura, escolheu o Algarve como ponto estratégico na campanha. Em arruadas lotadas, foi saudado como “Cristiano Ronaldo da política”. A presença do líder serve para alavancar nomes menos conhecidos e transformar votos de protesto em apoio concreto ao projeto de poder local. O próprio Ventura admite que, sem prefeituras, o partido permanece limitado: “Podemos ter 60 deputados, mas precisamos governar municípios para mudar a realidade das pessoas”.

Historicamente, eleições autárquicas nem sempre replicam o resultado das legislativas; o caso do PRD em 1985 serve de alerta. Ainda assim, dirigentes do Chega veem ambiente favorável. O sentimento de abandono aparece como linha comum: moradores reclamam de passeios quebrados, lixo acumulado, dificuldade de acesso à saúde e “políticos que só visitam no verão”.

Temas decisivos: habitação, segurança e abandono

Habitação cara e escassa une o discurso de todos os candidatos, mas as soluções divergem: construção de novas unidades, reaproveitamento de imóveis ou controle de densidade nos apartamentos ocupados por imigrantes. Já na segurança, PSD e PS apostam em iluminação e policiamento de proximidade, enquanto o Chega defende restrições migratórias e aumento de efetivos.

A poucos dias da votação, as pesquisas indicam disputa apertada. Caso o Chega confirme o favoritismo, a região poderá se tornar vitrine para a pauta conservadora, pressionando Governo e oposição a rever prioridades no sul do país.

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Em síntese, o avanço do Chega no Algarve expõe o desgaste de PSD e PS e coloca temas como imigração, segurança e abandono urbano no centro do debate. A decisão final dos eleitores definirá se o distrito abrigará a primeira experiência de poder municipal do partido. Acompanhe a cobertura completa e compartilhe sua opinião nos comentários.

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