Brasília, 1º de setembro de 2025 – O senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil no governo Jair Bolsonaro (PL), declarou que a definição de um nome competitivo da direita para 2026 é prioridade absoluta. Na avaliação do parlamentar, o ex-presidente precisa apontar um sucessor com elevada chance de vitória, já que segue inelegível e terá o futuro político influenciado pelo julgamento que se inicia nesta terça-feira (2).
Pressão pela escolha certeira
Nogueira afirmou em entrevista publicada pelo Valor Econômico que “o único que não pode perder a eleição do ano que vem é Jair Bolsonaro”. Segundo o senador, o ex-chefe do Executivo tem de “escolher alguém que possa ganhar”, evitando riscos num cenário marcado pela tentativa de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Embora pesquisas mostrem Bolsonaro ainda bem posicionado mesmo fora da disputa, o espectro de possíveis candidatos inclui a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP). Ambos aparecem ora tecnicamente empatados com Lula, ora atrás, conforme os levantamentos de opinião.
Para Ciro Nogueira, a escolha não pode ser precipitada. Ele ressalta que o ex-presidente dará o aval definitivo depois do julgamento que investigará suposta tentativa de golpe em 2022. O processo é considerado decisivo para o planejamento eleitoral do campo conservador.
Movimentos de Lula e disputa interna
O senador vê manobra do Palácio do Planalto para antecipar o debate sucessório e provocar divisões na direita. De acordo com Nogueira, “Lula quer colocar holofotes sobre Tarcísio e sobre mim para nos queimar, porque sabe da reação que a precipitação causa na oposição”. A referência é à reunião ministerial de 26 de agosto, quando o petista teria citado o governador paulista como possível rival em 2026.
Tarcísio, entretanto, reitera publicamente que pretende disputar a reeleição em São Paulo. Mesmo assim, grupos do Centrão e segmentos empresariais avaliam sua transferência ao PL e o colocam como opção, aguardando sinal da família Bolsonaro.
Outro ator na disputa é o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Filho do ex-presidente, ele defende a candidatura do pai ou a própria, apesar de enfrentar inquérito da Polícia Federal sobre suposta obstrução de justiça no processo referente ao mesmo “golpe de Estado”. No fim de semana, Eduardo avisou que pode deixar o PL caso Tarcísio migre para a legenda, alegando falta de espaço para seu projeto nacional.
Articulação e composição de chapa
Ciro Nogueira descarta, no momento, a possibilidade de ocupar a vice-presidência numa chapa encabeçada por Tarcísio. Segundo o senador, a definição do vice deverá obedecer a critérios de conveniência política e eleitoral, somente após o candidato principal ser confirmado. Ele acrescenta que mantém bom relacionamento com Eduardo Bolsonaro, embora discorde de algumas posições do deputado.


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Imagem: Andressa Anholete
A curto prazo, a atenção se concentra no julgamento que começará nesta terça-feira. Seu desfecho deve orientar Bolsonaro na escolha do nome que irá concorrer contra o PT em 2026. Aliados entendem que qualquer decisão precipitada poderia fragmentar a base conservadora e favorecer a estratégia petista de manter o poder.
Cenário eleitoral em construção
Enquanto a definição não ocorre, pesquisas testam diferentes arranjos. Michelle Bolsonaro, impulsionada pelo capital político da família, surge como figura de grande apelo junto a eleitores fiéis. Tarcísio de Freitas, por sua vez, ganhou projeção nacional durante a gestão paulista e mantém diálogo com o centro econômico do país. Eduardo Bolsonaro representa a ala mais identificada com as pautas ideológicas do bolsonarismo raiz.
Nos bastidores, dirigentes partidários e empresários acompanham de perto a movimentação. A permanência de Lula no páreo reforça a necessidade de uma candidatura unificada da direita. O cálculo inclui não apenas capacidade de voto, mas também força no Congresso, apoio regional e resiliência a eventuais ataques jurídicos ou midiáticos.
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Em resumo, Ciro Nogueira sinaliza que Jair Bolsonaro só terá êxito em 2026 se indicar um nome com efetiva probabilidade de vitória. O julgamento desta semana, as movimentações de Lula e as disputas internas no PL determinarão os próximos passos. Fique atento às atualizações e acompanhe nossos conteúdos para não perder nenhum desdobramento.
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