Coca-Cola informou que colocará à venda, no outono norte-americano, uma nova versão do refrigerante adoçada com açúcar de cana cultivado nos Estados Unidos. Atualmente, a fórmula comercializada no país utiliza xarope de milho de alta frutose.
Iniciativa expande portfólio e atende a pedido de consumidores
No relatório financeiro do segundo trimestre, a companhia explicou que a mudança faz parte de um programa contínuo de inovação destinado a “ampliar as opções disponíveis” e a oferecer produtos adaptados a diferentes preferências. A nova bebida foi desenvolvida, segundo a empresa, para “complementar o forte portfólio principal” da marca.
Embora a Coca-Cola não tenha apresentado detalhes sobre rótulo, capacidade ou preço, o lançamento está previsto para o período entre setembro e dezembro, quando se inicia o outono nos Estados Unidos. O anúncio chega em meio a debate público sobre o uso de xarope de milho em bebidas e alimentos processados.
Pressão política antecedeu a decisão
Dias antes da divulgação, o ex-presidente Donald Trump publicou em sua rede social que havia dialogado com executivos da empresa sobre substituir o xarope de milho por “açúcar de cana de verdade”. Trump afirmou que a companhia “concordou” em adotar a matéria-prima. Em resposta, a Coca-Cola indicou que já utiliza açúcar de cana em linhas como chás, limonadas, café e Vitaminwater, e que a nova versão do refrigerante seguirá essa prática.
A companhia não vinculou publicamente a decisão à manifestação de Trump. Contudo, analistas veem na mudança um movimento para responder a pressões de consumidores que associam o xarope de milho a dietas menos saudáveis.
Disponibilidade de matéria-prima gera questionamentos
Especialistas do setor açucareiro avaliam que a produção doméstica norte-americana pode não ser suficiente para atender à demanda de uma gigante de bebidas. Hoje, o Brasil é o segundo maior fornecedor de açúcar para os Estados Unidos, atrás do México. Mesmo assim, a empresa garante que utilizará exclusivamente açúcar cultivado em solo norte-americano.
Segundo a rede de TV NBC, o CEO da Coca-Cola, James Quincey, destacou que a companhia já possui cadeias de suprimento internas capazes de sustentar a iniciativa, sem recorrer a importações adicionais.
Próximos passos
A Coca-Cola não anunciou alterações na receita tradicional nem informou se a versão com açúcar de cana substituirá produtos existentes. A expectativa é que as duas variações convivam nas prateleiras, dando ao consumidor a possibilidade de escolha.
Detalhes sobre embalagem, rotulagem nutricional e disponibilidade em outros mercados não foram divulgados. A empresa prometeu informar distribuidores e varejistas nas próximas semanas para preparar a campanha de lançamento.
Com a iniciativa, a Coca-Cola busca atender a demandas por ingredientes percebidos como naturais e reforçar sua presença em nichos de maior valor agregado, sem abrir mão da receita original que mantém liderança no segmento de refrigerantes nos Estados Unidos.


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