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CPI expõe depósito de R$ 1,6 milhão para irmã de empresário alvo de fraude no INSS

Política

A Comissão Parlamentar de Inquérito que analisa fraudes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) identificou a transferência de R$ 1,6 milhão para Clélia Antunes, irmã do empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. O valor partiu de Rubens Oliveira Costa, apontado pela Polícia Federal (PF) como ex-sócio do investigado.

Operação sinalizada pelo Coaf

O repasse foi registrado em julho de 2020 e consta em Relatório de Inteligência Financeira (RIF) elaborado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). De acordo com a legislação, instituições bancárias devem comunicar ao órgão transações suspeitas de lavagem de dinheiro ou conexão com outros ilícitos. O documento integra inquérito da PF que apura um esquema de fraudes previdenciárias envolvendo o empresário.

Conforme requerimento apresentado pelo relator da CPI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), a quantia levantou suspeitas por ter como beneficiária direta uma familiar do principal alvo da investigação. Clélia, porém, não respondeu aos contatos realizados pela comissão nem à reportagem sobre o tema. A defesa de Antônio Antunes também permaneceu em silêncio.

Defesas apresentam versões divergentes

Em nota, o advogado Bernardo Simões Coelho, representante de Rubens, afirmou que seu cliente passou a prestar serviços a Antunes somente em julho de 2022, alegando inexistir qualquer vínculo nos anos anteriores. Segundo ele, o colaborador está “à disposição da autoridade policial e do Parlamento” para esclarecer fatos que estejam dentro de seu conhecimento.

Na sessão de depoimento desta quinta-feira, Antunes foi questionado pelo relator sobre a transferência para a irmã. Amparado por habeas corpus, preferiu não responder. Em declarações anteriores, o empresário negou participação em fraudes e contestou o apelido pelo qual ficou conhecido, assegurando ter adquirido patrimônio de “forma honesta e dedicada”.

Relação societária contestada

As suspeitas de associação entre Rubens e Antunes surgiram no âmbito da Operação Sem Desconto, da PF. Segundo os investigadores, Rubens figuraria como sócio em diversas empresas controladas indiretamente por Antunes, que teria utilizado as estruturas para lavar recursos desviados do INSS. Durante o depoimento prestado na segunda-feira, contudo, Rubens negou ter dividido sociedade com o empresário.

“Jamais fui sócio de qualquer empresa ao lado do sr. Antônio Camilo. Atuei em apenas quatro empresas como administrador financeiro contratado, recebendo salário fixo. Não recebi comissões, dividendos ou participação nos lucros”, declarou. Ele acrescentou ter obtido uma gratificação nos últimos quatro meses de trabalho devido ao aumento de carga horária.

Convocações familiares em andamento

A CPI já aprovou convites para ouvir o filho e a esposa de Antunes, considerados peças relevantes na investigação sobre lavagem de dinheiro. O relator também protocolou pedido para que Clélia compareça à comissão, mas a solicitação ainda não foi votada.

Na época do depósito, Clélia exercia cargo público federal no Ministério das Cidades. Servidora havia mais de três décadas, ela se aposentou por tempo de serviço em julho de 2023. A pasta confirmou o desligamento e informou que o vínculo se manteve até a data da aposentadoria.

Próximos passos da investigação

Parlamentares pretendem cruzar movimentações financeiras, declarações de rendimentos e contratos das empresas sob suspeita para mapear o fluxo de recursos. A CPI também aguarda novos relatórios da Receita Federal e do Banco Central. Caso se confirme participação de servidores, a comissão promete encaminhar pedidos de indiciamento ao Ministério Público Federal.

O relator Alfredo Gaspar ressaltou que o foco é “desmontar um esquema que sangra o INSS e, por consequência, o contribuinte brasileiro”. Ele defendeu prioridade na recuperação de ativos e na responsabilização dos envolvidos.

Para acompanhar outros desdobramentos sobre as ações da CPI e temas relacionados, visite a seção dedicada a Política em nosso portal.

Em síntese, o repasse de R$ 1,6 milhão para a irmã de Antônio Antunes amplia o campo de investigação da CPI e pressiona os envolvidos a esclarecerem a origem dos recursos. Continue acompanhando nossas atualizações e receba em primeira mão os próximos capítulos dessa apuração.

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