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CPMI do INSS planeja ouvir Bolsonaro enquanto oposição pressiona por irmão de Lula

Política

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga fraudes em empréstimos consignados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) volta aos holofotes nesta terça-feira (26). Após a derrota governista na escolha da presidência e da relatoria, o Palácio do Planalto convocou deputados aliados para alinhar a estratégia e evitar novo revés. O principal objetivo da base, segundo integrantes da reunião com a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, é aprovar a convocação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Do outro lado, parlamentares de oposição insistem em ouvir Frei Chico, irmão do presidente Luís Inácio Lula da Silva e atual vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), entidade sob investigação.

Governo reorganiza forças para sustentar convocação de Bolsonaro

Fontes do Executivo relatam que a reunião no Palácio do Planalto teve tom de urgência. Líderes de partidos governistas receberam a tarefa de unificar votos na CPMI para garantir que o ex-chefe do Planalto seja chamado a depor. A equipe de Gleisi Hoffmann avalia que a presença de Bolsonaro pode deslocar o foco das apurações para a gestão passada e reduzir danos políticos ao governo atual. Embora a CPMI possua composição proporcional que tende a favorecer a base, a derrota da semana anterior — quando o senador Carlos Viana (Podemos-MG) assumiu a presidência e o deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL) a relatoria — expôs fragilidades na articulação situacionista.

Para recuperar terreno, o Planalto tenta recompor a maioria e negociar requerimentos de interesse. A convocação de Bolsonaro, apoiada por deputados do PT e de legendas aliadas, serve como ponto de convergência para a base, que busca afastar suspeitas de direcionamento político nas investigações. Dirigentes governistas argumentam que servidores do INSS já haviam denunciado irregularidades no consignado durante a administração anterior, o que justificaria ouvir o ex-presidente.

Oposição mantém controle da CPMI e pressiona por Frei Chico

Responsável por apresentar o plano de trabalho nesta terça, o relator Alfredo Gaspar decidirá quais, entre os diversos requerimentos, serão votados de imediato. O deputado Izalci Lucas (PL-DF) afirma que a oposição pretende conduzir uma investigação “ampla e transparente, doa a quem doer”. Segundo ele, a escolha de Viana e Gaspar demonstrou que o colegiado não ficará restrito à narrativa governista: “Se o governo ocupasse presidência e relatoria, o script já estaria pronto. Agora vamos ouvir todos, inclusive quem atuou no período Bolsonaro”, declarou.

Entre as prioridades da oposição está a convocação de Frei Chico. Embora ainda não exista citação formal ao nome do dirigente sindical nos autos da CPMI, parlamentares lembram que o Sindnapi é uma das entidades sob análise por descontos supostamente irregulares em benefícios previdenciários. Frei Chico assumiu a vice-presidência do sindicato este ano, fato utilizado pelo PT para contestar a convocação. Mesmo assim, oposicionistas defendem que todo dirigente ligado à instituição seja ouvido.

O deputado Rogério Corrêa (PT-MG) classificou como “erro” a derrota governista na semana passada e promete reorganizar a base para barrar requerimentos considerados excessivos. Ele sustenta que Frei Chico não ocupava cargo no período investigado e, por isso, sua convocação seria “meramente política”. Corrêa, por sua vez, protocolou pedidos para ouvir Bolsonaro e o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, argumentando que as primeiras denúncias partiram de servidores durante a gestão passada.

Calendário apertado e disputa por narrativas

A expectativa é de uma sessão longa nesta terça. O relator Alfredo Gaspar pretende apresentar cronograma de oitivas e visitas técnicas a agências do INSS. Governistas tentarão colocar em votação, já na primeira reunião deliberativa, o requerimento de convocação de Bolsonaro. Oposição, por sua vez, vai insistir na presença de Frei Chico e de dirigentes do Sindnapi. Nos bastidores, parlamentares avaliam que o embate servirá como termômetro para medir a real correlação de forças dentro da comissão.

A presidência da CPMI, nas mãos do senador Carlos Viana, vem sinalizando compromisso com prazos e transparência. Ele reforça que a comissão não terá “blindagem” a nomes de qualquer espectro político. A trajetória da investigação, entretanto, dependerá do volume de requerimentos aprovados. A prática mostra que CPI começa com tema específico, mas costuma ampliar escopo à medida que surgem novas informações. Entre integrantes da comissão, há consenso de que irregularidades envolvendo consignados beneficiários tendem a revelar também falhas de fiscalização de governos anteriores.

Próximos passos até o recesso

Com recesso parlamentar previsto para julho, a CPMI dispõe de poucas semanas para avançar nas primeiras oitivas. Se Bolsonaro for convocado, sua data de depoimento só deve ser definida após a aprovação formal do requerimento. Já a eventual convocação de Frei Chico depende da articulação da oposição para manter a maioria obtida na instalação da comissão. Em qualquer cenário, a disputa política promete intensificar-se, reflexo do interesse direto do Palácio do Planalto em conter danos e da oposição em expor conexões entre entidades sindicais e o atual governo.

Para acompanhar outras atualizações sobre o cenário político, visite nossa seção de Política.

Em resumo, a CPMI do INSS entra na fase decisiva de definição dos primeiros depoimentos. Governo e oposição travam batalha por narrativas, com Bolsonaro e Frei Chico no centro das atenções. Continue acompanhando nossas publicações e fique por dentro de cada passo desta investigação.

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