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CPMI do INSS aprova prisão de Nelson Wilians após Coaf apontar R$ 4,3 bi suspeitos

Política

Brasília, 25 set. 2025 – A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS aprovou, nesta quinta-feira (25), o pedido de prisão preventiva do advogado Nelson Wilians, nome conhecido no meio jurídico e empresarial. O requerimento foi apresentado pelo deputado Rogério Correia (PT-MG) e baseia-se em relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que identificaram movimentações atípicas de aproximadamente R$ 4,3 bilhões em contas ligadas ao escritório de Wilians, entre 2019 e 2024.

Relatórios do Coaf e justificativa do pedido

Segundo o documento do Coaf, parte dos valores estaria vinculada a empresas e indivíduos já presos por envolvimento no esquema de descontos associativos sobre benefícios do INSS. Entre os citados aparecem o lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, e o empresário Maurício Camisotti.

Na fundamentação lida em plenário, o deputado petista argumentou que a permanência de Wilians em liberdade poderia “comprometer a ordem pública e a instrução criminal”, apontando indícios de ocultação de bens e possível intimidação de testemunhas. A CPMI também aprovou a solicitação para que o Coaf envie o Relatório de Inteligência Financeira (RIF) completo envolvendo o advogado.

Concluída a votação, o requerimento segue agora para análise do ministro André Mendonça, relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF). Além de Wilians, outras 21 pessoas tiveram a prisão pedida pelo colegiado.

Posicionamento da defesa e depoimento anterior

Em nota, os advogados Santiago André Schunck e Guilherme Luiz Altavista Romão afirmaram que Nelson Wilians “reitera disposição em colaborar com todas as autoridades, sempre zelando pela transparência”. A defesa disse confiar que qualquer decisão judicial será tomada “em estrita observância à Constituição”.

Na semana passada, Wilians compareceu à CPMI, mas, amparado em habeas corpus concedido pelo ministro Kassio Nunes Marques, exerceu o direito ao silêncio e recusou-se a firmar o compromisso de dizer a verdade. Em sua exposição inicial, declarou não ter relação com a fraude e negou conhecer o “Careca do INSS”, ainda que tenha reconhecido vínculo profissional e de amizade com o empresário Maurício Camisotti.

Contexto: outras prisões e críticas à condução dos trabalhos

O pedido contra Nelson Wilians ocorre poucos dias depois de a CPMI decretar a prisão de Rubens Oliveira Costa, apontado como operador financeiro do “Careca do INSS”. Costa foi detido na segunda-feira (22) após se contradizer sobre procurações e movimentações bancárias durante o depoimento, sendo liberado pela Polícia Legislativa horas depois.

Na ata oficial, o presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), registrou crime de falso testemunho. Viana relatou que solicitou explicações à Polícia Legislativa sobre os fundamentos que permitiram a soltura sem fiança, ressaltando a necessidade de “rigor absoluto” diante das suspeitas que envolvem recursos de aposentados.

A CPMI vem travando embates com o STF quanto ao alcance de seus poderes investigatórios. Em decisões recentes, a Corte limitou diligências consideradas abusivas por parte dos parlamentares. Mesmo assim, o colegiado mantém foco na identificação de fluxos financeiros irregulares e de eventual conivência de escritórios de advocacia com o esquema.

Próximos passos e possível impacto jurídico

O eventual deferimento da prisão de Nelson Wilians caberá ao ministro André Mendonça, que poderá ouvir a Procuradoria-Geral da República antes de decidir. Caso a medida seja autorizada, o advogado deverá ser recolhido pela Polícia Federal, e suas contas poderão ser bloqueadas para proteger ativos que interessam à investigação.

Especialistas consultados pelo Congresso avaliam que a prisão preventiva, se confirmada, poderá acelerar delações e robustecer as provas sobre o fluxo de R$ 4,3 bilhões. Entretanto, ponderam que o STF costuma aplicar cautela em casos que envolvem advogados, citando garantias constitucionais da ampla defesa.

Permanecem no radar da CPMI novos depoimentos de ex-assessores parlamentares e de diretores de entidades de classe, além da análise dos contratos que autorizaram descontos em folha de benefícios do INSS. O relatório final, previsto para dezembro, pretende quantificar prejuízos e indicar responsáveis por fraude que atinge diretamente aposentados e pensionistas.

Para acompanhar outras atualizações sobre o avanço das investigações no Congresso, o leitor pode acessar a seção de Política do nosso portal.

Em síntese, a CPMI sustenta que as cifras investigadas exigem medidas enérgicas, enquanto a defesa de Nelson Wilians aposta nos tribunais superiores para impedir a custódia. O desfecho dependerá do STF, mas o caso já coloca em evidência a necessidade de fiscalização contínua sobre intermédios que faturam em cima de benefícios previdenciários. Continue acompanhando nossas publicações e receba os alertas em tempo real sobre desdobramentos do inquérito.

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