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CPMI decide rastrear todas as visitas de lobista acusado de fraudar o INSS

Política

Brasília, 4 set. 2025 — A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga fraudes bilionárias no Instituto Nacional do Seguro Social aprovou, nesta quinta-feira, um pacote de requerimentos para mapear a movimentação do empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, apelidado de “Careca do INSS”, dentro do Congresso Nacional. Os parlamentares querem levantar cada entrada do investigado no Senado desde 2011 e na Câmara dos Deputados a partir de 2015, além de ter acesso às gravações das câmeras de segurança do Senado no mesmo período. O pedido foi apresentado pelo senador Magno Malta (PL-ES).

Rastreamento completo das passagens pelo Congresso

A deliberação amplia a ofensiva já aberta em 28 de agosto, quando a CPMI havia determinado a checagem das visitas de Antunes às dependências do próprio INSS entre 2019 e 2025. Agora, com a extensão ao Congresso, o colegiado pretende descobrir quais autoridades receberam o empresário, em que datas e por que motivos. Os registros de portaria, listagens de gabinetes e imagens de segurança poderão indicar eventuais articulações políticas usadas para destravar credenciamentos de entidades suspeitas ou liberar descontos diretos na folha de aposentados.

De acordo com relatórios em análise, Antunes atuaria como lobista, cobrando comissões para facilitar contratos de associações privadas com o Instituto. A Polícia Federal estima que o esquema tenha causado prejuízo de até R$ 6,3 bilhões a aposentados e pensionistas. Diante do montante, membros da CPMI cobram punição exemplar e reforço dos mecanismos de controle para proteger recursos da seguridade social.

O colegiado também aprovou requerimento que obriga a Polícia Federal a fornecer a lista de viagens internacionais do empresário, além de detalhar veículos apreendidos em seu nome. O parlamentar Izalci Lucas (PL-DF), autor do pedido inicial sobre as visitas internas ao INSS, defendeu que o cruzamento dessas informações ajudará a identificar a circulação de valores e possíveis laranjas utilizados no esquema.

Depoimentos agendados e pedidos de prisão

O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), anunciou que Antunes foi intimado para depor na próxima quinta-feira, 11 de setembro. Na mesma data, será ouvido o empresário Maurício Camisotti, ligado ao setor de saúde e igualmente investigado pela Polícia Federal. Viana relatou dificuldades da secretaria em contatar os advogados dos convocados; por isso, autorizou a Polícia Legislativa a entregar as intimações pessoalmente nos endereços fornecidos.

Além do depoimento, pesa contra ambos um pedido de prisão preventiva já aprovado pela comissão. Na reunião de 5 de setembro, a CPMI decidiu ainda encaminhar ao Supremo Tribunal Federal o mesmo pedido contra outras 21 pessoas envolvidas nos descontos indevidos sobre benefícios previdenciários. Integrantes defendem que a detenção cautelar é necessária para impedir destruição de provas e novos prejuízos ao erário.

A defesa de Antônio Carlos Antunes nega qualquer ilegalidade. Em abril, após a deflagração de operação da Polícia Federal que o apontou como um dos líderes do esquema, os advogados Alberto Moreira e Flávio Schegerin declararam à imprensa que “as suspeitas não correspondem à realidade” e que a inocência do cliente será demonstrada no processo. Até o momento, não houve nova manifestação sobre as medidas aprovadas pela CPMI.

Parlamentares governistas e de oposição concordaram na necessidade de ampliar a investigação, mas divergiram quanto ao ritmo da comissão. Enquanto representantes do PL e de legendas de centro-direita defendem ações imediatas e maior rigor na cobrança de responsabilidades, aliados do Executivo pedem cautela para evitar contaminação política da apuração. Apesar das discordâncias, o requerimento de rastreamento das visitas foi aprovado por unanimidade.

Os senadores destacaram que o acesso às imagens do circuito interno do Senado será feito com cuidado para preservar a integridade de terceiros. Servidores da Polícia Legislativa deverão filtrar o material, entregando à CPMI apenas trechos que mostrem o investigado. A expectativa é de que a triagem seja concluída em até 30 dias, prazo considerado suficiente para subsidiar a oitiva marcada para a semana seguinte.

Enquanto isso, deputados e senadores integrantes da comissão avaliam novas quebras de sigilo bancário e fiscal de empresas ligadas a Antunes. Somam-se às apurações automóveis de luxo avaliados em mais de R$ 3 milhões, já bloqueados pela Justiça, e movimentações financeiras que envolvem entidades de classe suspeitas de intermediar empréstimos consignados com descontos acima do permitido.

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Em resumo, a CPMI intensificou o cerco ao “Careca do INSS” ao aprovar o rastreamento de suas entradas no Congresso e convocá-lo para depor. As próximas semanas serão decisivas para confirmar ligações políticas, identificar beneficiários do esquema e, possivelmente, concretizar as prisões preventivas solicitadas. Fique atento às atualizações e compartilhe esta notícia para que mais brasileiros acompanhem a defesa do dinheiro público.

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