Brasília – O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) intensificou movimentações para preservar sua viabilidade eleitoral em 2026, mesmo diante de resistências de integrantes do Centrão e de aliados próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A postura adotada nos Estados Unidos, onde o parlamentar apoia o tarifário proposto por Donald Trump, serve de ponto de tensão entre correligionários e parte da base conservadora no Brasil.
Estratégia em solo americano repercute no Congresso
Atualmente nos Estados Unidos, Eduardo Bolsonaro mantém as atividades legislativas de forma remota. O deputado tornou público o apoio ao plano tarifário defendido por Trump, medida que impõe taxas mais altas a produtos importados. A defesa entusiasmada da proposta, segundo parlamentares do Centrão, é vista como erro de cálculo, pois o congressista, apesar de relações antigas com o ex-presidente norte-americano, não possui hoje acesso direto aos principais círculos de Washington.
Lideranças da Câmara afirmam que a iniciativa criou ruído desnecessário junto a setores empresariais brasileiros que exportam para os Estados Unidos e dependem de um ambiente comercial previsível. A repercussão negativa fortaleceu vozes que já questionavam a projeção internacional do deputado, apontando fragilidade de articulação e baixa influência institucional fora do Brasil.
Negociações por novo partido entram em pauta
Diante do avanço de críticas, Eduardo Bolsonaro passou a discutir o ingresso em outra legenda. Fontes próximas confirmam conversas com dirigentes de siglas conservadoras que buscam ampliar bancadas em 2026. O objetivo é obter um palanque alinhado a pautas de direita caso o PL privilegie candidaturas estaduais ou revele preferência por outro presidenciável.
Mesmo sem confirmação oficial, dirigentes indicam que as tratativas envolvem concessão de diretórios estaduais ao grupo bolsonarista e compromissos programáticos focados em liberdades econômicas, defesa da propriedade privada e combate ao avanço de agendas progressistas. Contudo, a migração dependerá da avaliação de Jair Bolsonaro e de lideranças que dominam a base eleitoral do ex-chefe do Executivo.
Concorrência interna no campo conservador
A movimentação ocorre em cenário de renovação dentro da direita. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), figura entre os nomes mais citados por parlamentares que buscam opção com menor índice de rejeição. Tarcísio consolidou discurso técnico, mantém diálogo com setores produtivos e, até o momento, evita embates desnecessários no Congresso Nacional.
A ascensão do governador paulista amplia pressão sobre Eduardo, que precisará comprovar capacidade de agregação e conquistar apoios além do núcleo familiar. Consultores destacam que, sem respaldo do PL ou de outra grande sigla, a captação de tempo de televisão e de recursos de campanha se torna limitada. Essa limitação reforça a urgência do deputado em construir ponte com novas legendas.
Processos judiciais no Brasil influenciam panorama
O julgamento de Jair Bolsonaro e de auxiliares em instâncias superiores é visto nos Estados Unidos como termômetro da estabilidade institucional brasileira. Caso as decisões judiciais avancem, a reação americana pode impactar ainda mais a estratégia de Eduardo. Lideranças republicanas costumam calibrar apoio de acordo com a percepção de viabilidade dos aliados internacionais.
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Imagem: Internet
Para analistas, o deputado procura antecipar-se a possíveis desdobramentos, mantendo presença em eventos conservadores nos Estados Unidos e reforçando discurso de proteção a valores tradicionais. A viagem prolongada, porém, tem sido usada por adversários internos como argumento para questionar o compromisso do parlamentar com pautas domésticas imediatas.
Desafios para consolidar candidatura
Dentro do Congresso, o grupo do Centrão condiciona qualquer endosso futuro a demonstrações claras de articulação política. Líderes da coalizão alegam que o apoio ao tarifário de Trump evidencia distanciamento da realidade produtiva brasileira, principalmente de estados do agronegócio – base histórica da direita. Eles cobram sinalização mais pragmática em temas econômicos e garantia de interlocução com demais poderes.
Além disso, o distanciamento de antigos aliados, somado à concorrência de perfis conservadores com menor desgaste eleitoral, impõe a Eduardo um roteiro de reconciliação. Ele precisará alinhar-se a setores empresariais, reafirmar compromissos com reformas pró-mercado e articular presença física nas principais capitais para diminuir a impressão de campanha remota.
Embora o ambiente seja adverso, interlocutores asseguram que o deputado mantém o cronograma vigente: consolidar base na Câmara, fortalecer vínculos com eventos internacionais de direita e assegurar legenda que ofereça estrutura nacional. A expectativa é de que os próximos meses definam se a candidatura permanecerá foco central do bolsonarismo ou cederá espaço a alternativas como Tarcísio de Freitas.
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Em resumo, Eduardo Bolsonaro busca reorganizar alianças, negociar nova sigla e contornar críticas geradas por sua atuação nos EUA para sustentar o plano presidencial de 2026. Acompanhe nossas atualizações e compartilhe este conteúdo com quem deseja entender os próximos passos da direita brasileira.
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