O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) exigiu celeridade da Polícia Civil do Rio de Janeiro nas investigações sobre o assalto com cárcere privado que vitimou sua mãe, Rogéria Bolsonaro, e os pais dela, na tarde de domingo (24), em Resende, sul do estado. Segundo o parlamentar, os criminosos agiram com informações privilegiadas ao invadirem a residência e ameaçarem as vítimas por mais de uma hora.
Invasão planejada e ameaças diretas
Relatos da família indicam que ao menos três homens armados entraram na casa gritando que “Jair Bolsonaro manda dinheiro para vocês”, deixando claro que buscavam quantias em espécie. Durante a ação, os assaltantes amordaçaram os avós do deputado, submeteram Rogéria a insultos e revistaram todos os cômodos. Como não encontraram valores, levaram alianças, outros anéis e o veículo do avô.
Imagens divulgadas posteriormente mostram cômodos revirados, papéis espalhados e gavetas vasculhadas. Uma testemunha contou que os criminosos usavam luvas e afirmaram ser oriundos da Penha, na zona norte da capital fluminense. O carro roubado foi localizado horas depois pela Polícia Militar em uma via da região.
Suspeita de vazamento de dados sigilosos
Na publicação que fez nas redes sociais, Eduardo Bolsonaro atribuiu a motivação do crime ao que chamou de “vazamentos seletivos” provenientes de inquéritos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Segundo o deputado, a exposição de informações pessoais de familiares os transforma em alvos fáceis. Ele questionou até onde chegaria “a sede de vingança” do magistrado e criticou a “obediência cega” de autoridades responsáveis por cumprir ordens judiciais sem contestação.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) endossou a linha de suspeita ao denunciar o ocorrido ainda na madrugada de domingo, também pelas redes sociais. Ele divulgou fotos da residência após a invasão e ressaltou que os bandidos pareciam ter conhecimento detalhado da rotina da família, reforçando a tese de que dados sigilosos teriam sido divulgados.
Polícia busca imagens e digitais
A 89ª Delegacia de Polícia de Resende abriu inquérito para identificar e prender os autores. Peritos fizeram levantamentos no imóvel, coletaram digitais e buscam imagens de câmeras de segurança instaladas em ruas vizinhas. Em nota, a corporação informou que segue ouvindo testemunhas e analisando o material recolhido a fim de estabelecer as rotas de fuga e possível cobertura externa ao assalto.
Eduardo Bolsonaro cobrou respostas rápidas e destacou que o episódio ilustra o clima de insegurança crescente no estado. O parlamentar lembrou que, mesmo com a posse de armas restrita, famílias continuam vulneráveis dentro de casa, dependentes da eficácia policial e de investigação séria para impedir que delitos semelhantes se repitam.
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Imagem: Lula Marques
Contexto político e repercussão
O crime ocorre em meio a tensões institucionais entre o Poder Judiciário e parlamentares conservadores. Desde 2022, vários aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro são alvos de inquéritos que investigam suposta divulgação de “fake news” e atos antidemocráticos. Para a bancada de direita, a quebra de sigilo bancário e telefônico imposta pelo STF amplia riscos de segurança pessoal. A invasão em Resende reforça essa percepção e gera pressão sobre o governo estadual para demonstrar agilidade no combate ao crime.
Apesar da gravidade, não houve feridos. Os parentes do deputado passam bem e prestaram depoimento na delegacia. A família agradeceu o apoio de amigos e seguidores, mas insistiu na urgência de uma apuração transparente, capaz de identificar todos os responsáveis, inclusive eventuais informantes.
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O caso expõe fragilidades na proteção de cidadãos, mesmo de figuras públicas, diante de criminosos preparados e bem informados. Resta agora acompanhar o trabalho investigativo e cobrar que os envolvidos sejam localizados e punidos. Continue conosco para receber atualizações e outros conteúdos que impactam diretamente sua segurança e liberdade.
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