São Paulo — O músico Junior Lima e a designer Monica Benini comunicaram, nesta terça-feira (22), que a filha Lara, de 3 anos, recebeu diagnóstico de síndrome nefrótica, enfermidade considerada rara e caracterizada por alterações na função renal. A notícia foi divulgada por meio de um vídeo nas redes sociais do casal.
Segundo os pais, o quadro foi identificado após um período de investigação clínica iniciado quando a criança apresentou inchaço ao redor dos olhos. A família procurou inicialmente profissionais de alergologia e pediatria por suspeitar de uma reação alérgica. O tratamento com medicamentos antialérgicos, contudo, não surtiu efeito, o que motivou exames adicionais e a posterior confirmação da doença renal.
A síndrome nefrótica envolve perda excessiva de proteínas pela urina, condição que pode provocar edema em diferentes partes do corpo e, se não tratada, comprometer o funcionamento dos rins. De acordo com Junior e Monica, o tratamento instituído é considerado intenso e inclui o uso de fármacos de alta potência. Embora nem todas as crianças respondam satisfatoriamente, Lara apresentou evolução positiva e encontra-se em remissão, sob acompanhamento constante de especialistas.
O casal relatou que o período até o diagnóstico foi marcado por tensão, principalmente pela incerteza em relação à resposta terapêutica. Após a constatação de melhora clínica, eles afirmaram estar mais tranquilos, mas mantêm cuidados rigorosos para evitar complicações. Entre as medidas adotadas estão o uso de máscaras pela família e a restrição de contatos que possam expor a menina a infecções virais, já que a medicação pode reduzir a imunidade.
Apesar do novo cenário de saúde, Junior Lima confirmou a continuidade da turnê “Solo”, que tem apresentações agendadas em várias cidades do país. Para compatibilizar a rotina profissional com as exigências médicas, o artista informou que a equipe do espetáculo seguirá protocolos preventivos adicionais, como higienização reforçada e adoção de equipamentos de proteção durante viagens e bastidores.
No pronunciamento, Monica Benini detalhou os principais sinais de alerta observados na filha. Além do edema palpebral inicial, a síndrome pode manifestar-se com inchaço generalizado e urina turva. A designer ressaltou que esses indícios, muitas vezes associados a alergias ou outras condições mais comuns, podem retardar a identificação da doença quando não investigados de forma específica.
O casal, que também é pai de Otto, de 7 anos, ressaltou a importância do diagnóstico precoce em casos de enfermidades raras. Eles recomendaram que responsáveis procurem orientação médica ao notar alterações incomuns no estado de saúde das crianças. Na avaliação dos pais, a rapidez no início do tratamento foi determinante para o bom resultado obtido por Lara até o momento.
Em suas redes, Junior e Monica agradeceram à equipe multidisciplinar que acompanha a filha e solicitaram mensagens de apoio ao processo de recuperação. Eles afirmaram estar confiantes de que a evolução continuará favorável, mas reforçaram que a síndrome exige monitoramento frequente para prevenir recaídas.
A síndrome nefrótica pode ter diversas causas, incluindo fatores genéticos, infecciosos ou imunológicos. O tratamento geralmente combina corticoterapia, controle nutricional e, em alguns casos, a administração de imunossupressores. O prognóstico depende da forma clínica apresentada e da resposta aos remédios, sendo essencial a supervisão de nefrologistas pediátricos.
Dados do Ministério da Saúde indicam que doenças renais em crianças representam parcela pequena, mas de grande complexidade no atendimento pediátrico. Especialistas reiteram que sinais como ganho de peso repentino, inchaço persistente e alterações na cor da urina devem ser avaliados por profissionais habilitados, já que podem refletir distúrbios renais importantes.
Para os próximos meses, a família pretende manter a rotina escolar e domiciliar de Lara com ajustes necessários à condição atual. A criança segue submetida a exames periódicos para monitorar níveis de proteína na urina e indicadores de função renal. Caso os parâmetros se mantenham estáveis, a equipe médica poderá reduzir gradualmente a dosagem dos medicamentos, seguindo protocolos internacionais.
Com o comunicado, Junior Lima e Monica Benini esperam ampliar a conscientização sobre a síndrome nefrótica e contribuir para que outros pais reconheçam os sinais precocemente, evitando complicações associadas ao diagnóstico tardio. Até que a recuperação seja considerada definitiva, os dois seguem dedicados a conciliar o tratamento da filha com compromissos profissionais, sempre sob orientação dos especialistas responsáveis.
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