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Fraude no INSS: empresário depõe e CPMI expõe rede de carros de luxo

Política

Brasília, 6 de outubro de 2025 – A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga fraudes em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ouviu, nesta segunda-feira, o empresário e economista Fernando dos Santos Andrade Cavalcanti. Ex-sócio do advogado Nelson Wilians, o depoente é alvo de operação da Polícia Federal (PF) deflagrada em setembro, na qual foram apreendidos carros de alto valor, obras de arte e outros bens.

Por decisão do colegiado, os sigilos bancário e fiscal de Cavalcanti já foram quebrados. A CPMI requisitou ainda ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) um relatório detalhado das movimentações do empresário, medida aprovada de forma unânime entre parlamentares de oposição e governistas.

CPMI busca detalhar rota do dinheiro

Cavalcanti compareceu de forma obrigatória após adiar a oitiva marcada para 29 de setembro. Os integrantes da CPMI procuram esclarecer possíveis vínculos do empresário com Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, apontado pela PF como articulador do esquema de concessões fraudulentas de benefícios previdenciários. Antunes está preso desde setembro.

Investigações preliminares sugerem que Cavalcanti teria retirado de circulação diversos veículos de luxo antes da operação policial, fato que motivou buscas adicionais em endereços ligados ao empresário. Segundo a PF, essa manobra reforça a suspeita de tentativa de ocultação de patrimônio obtido por meio das fraudes.

Ao longo do depoimento, Cavalcanti reconheceu a sociedade anterior com Wilians, mas negou participação em atividades ilícitas envolvendo o “Careca do INSS”. Questionado sobre o paradeiro de automóveis de alto valor, limitou-se a afirmar que “ativos foram alienados por razões comerciais”. Parlamentares cobraram comprovação documental das transações.

Relatórios da PF anexados aos autos apontam que o grupo criminoso teria movimentado quantias expressivas por meio da venda de carros e obras de arte abaixo do valor de mercado. O objetivo, conforme apurado, seria gerar caixa rápido para o esquema sem acionar mecanismos formais de rastreamento financeiro.

Disputa política marca requerimentos de convocação

O clima na CPMI tornou-se tenso após discussão em torno da convocação de Edson Claro Medeiros Júnior, ex-funcionário de Antunes. Reportagem divulgada pelo portal Metrópoles indica que Edson teria facilitado a venda de veículos de luxo abaixo da cotação comercial. O relator Alfredo Gaspar (União-AL) defendeu a oitiva imediata, alegando que o ex-colaborador estaria sendo intimidado pelo “Careca do INSS”.

Paulo Pimenta (PT-RS) orientou a bancada governista a rejeitar o requerimento. A proposta provocou bate-boca: ao ser interrompido por Gaspar, Pimenta levantou-se e bateu na mesa, protestando contra a intervenção. O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), interveio afirmando que “no grito, ninguém ganha nada”.

Gaspar insistiu que “pressões externas” tentam impedir o depoimento de Edson Claro. “Há gente temendo pela vida dele, porque ele quer falar e trazer documentos”, reforçou o relator, pedindo esforço conjunto para garantir proteção ao potencial colaborador.

A divergência evidencia a disputa interna na comissão sobre a extensão das investigações. Enquanto parte dos membros defende ampliação das quebras de sigilo e novas convocações, parlamentares alinhados ao governo argumentam que a CPMI deve focar em provas já disponíveis para evitar “espetacularização”.

Quebras de sigilo e próximos passos

Além dos dados de Cavalcanti, a CPMI analisa requerimentos para acessar as contas de Wilians e de empresas associadas ao grupo. O objetivo é rastrear a origem dos recursos usados na aquisição dos bens apreendidos e verificar possíveis conexões com concessões irregulares de benefícios previdenciários.

Relator e presidente estimam que a comissão terá de trabalhar com ritmo intensificado para concluir o relatório dentro do prazo regimental. Novas oitivas estão previstas para as próximas semanas, e a inclusão de Edson Claro seguirá em debate.

Parlamentares de oposição afirmam que, sem o depoimento desse ex-funcionário, parte crucial da linha de investigação pode ficar comprometida. Já aliados do governo sustentam que a CPMI não deve converter o colegiado em “palco político”, defendendo a continuidade dos trabalhos de acordo com critérios técnicos.

Para o Ministério Público Federal, que acompanha o inquérito, a troca rápida de propriedades de luxo, se confirmada, reforçará indícios de lavagem de dinheiro e poderá resultar em novas denúncias por obstrução de investigação.

No encerramento da sessão, Carlos Viana declarou que “todos os elementos colhidos serão remetidos às autoridades competentes” e reiterou a necessidade de colaboração entre os poderes para recuperar recursos desviados do INSS.

O próximo encontro da CPMI está agendado para quinta-feira (9), quando serão votados novos requerimentos de quebra de sigilo e definidos os prazos para cada fase da instrução.

Para continuar acompanhando as movimentações no Legislativo, acesse a seção de Política e confira atualizações diárias sobre a CPMI e outros temas relevantes.

Em resumo, a oitiva desta segunda-feira colocou o patrimônio de luxo no centro das atenções e evidenciou a preocupação da CPMI em rastrear a rota do dinheiro. Fique atento às próximas sessões e acompanhe nossas atualizações para entender os desdobramentos dessa investigação que envolve milhões de reais em fraudes previdenciárias.

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