O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a mencionar, em tom de brincadeira, a teoria conspiratória que afirma que ele teria sido substituído por clones depois de morrer. Durante cerimônia de entrega de unidades odontológicas móveis em Sorocaba (SP), nesta quinta-feira, 21, o petista declarou ser “o quinto Lula” e reforçou a intenção de alcançar 120 anos de idade.
Brincadeira com teoria conspiratória e meta de longevidade
Entre aplausos de apoiadores, Lula ironizou as fake news que circulam sobre a sua saúde. “Já sou o quinto Lula”, disse o presidente, arrancando risos da plateia. Ele acrescentou que espera chegar a ser “o sétimo, oitavo, décimo Lula” para cumprir seu objetivo de viver até 120 anos. “Dizem que o céu é muito bom, mas quem quiser minha vaga pode pedir que eu dou”, afirmou, reforçando a vontade de continuar na Terra “mais um pouco”.
A menção aos supostos clones surgiu enquanto Lula comentava a necessidade de “separar o joio do trigo” entre mentira e verdade. Segundo o chefe do Executivo, o boato é um exemplo da “fábrica de mentiras” que, de acordo com ele, existe no País.
Pesquisa mostra vantagem sobre potenciais adversários
O discurso ocorreu no mesmo dia em que foi divulgada a pesquisa Genial/Quaest. O levantamento aponta Lula à frente de todos os adversários de direita em cenários de segundo turno para 2026. Contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a vantagem seria de oito pontos percentuais, segundo o instituto.
Lula, no entanto, tem repetido que a candidatura à reeleição dependerá das condições de saúde. Ainda em Sorocaba, o petista pediu ao público que imaginasse o “incômodo” da oposição caso venha a disputar um quarto mandato. “Um mandato do Lula incomodou muita gente, dois mandatos incomodou muito mais, três mandatos, muito, muito mais. Imagina se tiver o quarto mandato, como é que eles vão ficar incomodados”, declarou.
Saúde e exibição de vigor físico
Aos 79 anos, Lula disse ter “melhor resistência” hoje do que aos 65, quando concluiu o segundo mandato, em 2010. Ele ressaltou que mantém rotina de exercícios para evitar limitações físicas: “Eu não quero me entrevar. Qualquer dia vou subir a rampa do Palácio do Planalto correndo para ver quem é que vai me acompanhar”.
Nos últimos dias, o presidente tem utilizado as redes sociais para mostrar disposição. Na semana passada, publicou vídeo subindo correndo a rampa de acesso ao mezanino do Planalto. O registro foi compartilhado por assessores para reforçar a narrativa de bom condicionamento físico.
Contexto político e repercussão
A fala sobre clones somou-se a outras declarações de Lula destinadas a sustentar sua imagem de vitalidade e prontidão para mais um ciclo de governo. Embora a possibilidade de concorrer em 2026 ainda dependa, segundo o próprio, de seu estado de saúde, as pesquisas divulgadas nesta quinta-feira alimentam especulações sobre o cenário eleitoral.
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Imagem: Internet
No campo oposicionista, líderes de direita observam as movimentações do PT com cautela. O desempenho de Tarcísio de Freitas na sondagem confirma o governador paulista como um dos nomes mais viáveis para enfrentar o petista. Mesmo assim, a diferença apontada pela Genial/Quaest sugere que Lula mantém capilaridade suficiente para vencer, caso decida buscar o quarto mandato.
Adversários também têm explorado eventuais contradições do discurso oficial sobre saúde. Enquanto Lula exibe vídeos correndo rampas, críticas se concentram no custo de viagens, na agenda de compromissos internacionais e na condução da economia. Nos bastidores, aliados do Planalto enxergam a ênfase no vigor físico como estratégia para neutralizar rumores de fragilidade que podem desgastar a imagem do presidente.
Próximos passos
Com a agenda interna dominada por eventos regionais, Lula deverá intensificar as viagens pelo País nos próximos meses, entregando obras e programas sociais. O discurso em Sorocaba indica que o Palácio do Planalto continuará a usar o bom humor do presidente — mesmo com temas polêmicos, como a teoria dos clones — para reforçar a narrativa de estabilidade.
Enquanto isso, oposicionistas acompanham de perto os números das pesquisas e planejam articular novos nomes para 2026, na tentativa de reduzir a diferença registrada nos atuais cenários de segundo turno.
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Em resumo, o presidente aproveitou um ato oficial para ironizar boatos, reafirmar vigor físico e sinalizar que a disputa de 2026 seguirá em pauta. Fique atento às próximas coberturas e continue acompanhando nossos conteúdos para não perder detalhes do cenário que se desenha no País.
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