Rio de Janeiro, 22 de agosto de 2025. Um dia depois de ter sido alvo de busca e apreensão da Polícia Federal, o pastor Silas Malafaia voltou ao púlpito na Assembleia de Deus Vitória em Cristo e fez duras críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Durante o culto realizado na noite de quinta-feira (21), o líder religioso classificou como “injustificada” a retenção de seu passaporte e declarou que, “em nome de Jesus”, o magistrado “vai cair”.
Passaporte retido e materiais apreendidos
A operação da PF ocorreu na quarta-feira (20), quando Malafaia desembarcava no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, vindo de Portugal. Agentes federais recolheram o passaporte, o telefone celular e cadernos com anotações de sermões. Segundo o pastor, o delegado responsável chegou a folhear os materiais de uso pessoal, o que ele considerou uma afronta ao sigilo de suas mensagens religiosas.
Malafaia afirmou que não havia qualquer risco de fuga. “Eu estava em Portugal, gravei vídeos públicos e retornei normalmente ao Brasil. Como poderiam dizer que eu pretendia me ausentar do país?”, questionou. Ele também declarou não ter medo de eventuais consequências jurídicas: “Não temo prisão nem retaliação”.
Críticas ao ministro e previsão de queda
No culto, o líder evangélico dirigiu-se diretamente a Alexandre de Moraes. “Declaro aqui, pelas leis deste país ou pela ação de Deus, esse homem será julgado. Ele vai cair, vai chegar a hora dele”, disse, recebendo aplausos dos fiéis. O pastor ainda comparou as medidas determinadas pelo ministro a práticas de regimes autoritários, citando União Soviética, Coreia do Norte, Cuba e China como exemplos de sistemas que restringem liberdades.
Malafaia chamou o titular do STF de “chefe de Gestapo”, numa referência aos órgãos de coerção de regimes totalitários. Para o religioso, a democracia brasileira está em risco quando cidadãos têm receio de se manifestar. Ele conclamou a comunidade cristã a manter “engajamento constante” em favor das liberdades civis.
Nega atuação partidária e reforça missão religiosa
Alvo de inquérito que apura suposta participação em rede de desinformação e tentativa de pressão sobre o Judiciário, Malafaia rejeita qualquer envolvimento político. “Eu sou uma voz profética, não candidato a cargo eletivo”, declarou, recordando apoios diversos no passado: Luiz Inácio Lula da Silva em 2002, Aécio Neves em 2014 e Jair Bolsonaro em 2018. Para o pastor, suas posições variam conforme princípios e defesa da pauta cristã, não por filiação partidária.
Durante o culto, o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo encerrou a pregação com um chamado à oração pelo país. “A paz social depende do clamor e da participação ativa da igreja”, disse. Fiéis se reuniram no altar para interceder pela nação, enquanto o pastor enfatizava que “liberdade religiosa e de expressão são pilares inegociáveis”.


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Imagem: Fábio Rodrigues Pozzebom
A investigação envolvendo Malafaia segue sob sigilo. Até o momento, não foi apresentada denúncia formal pelo Ministério Público. O passaporte do pastor permanece retido pela Polícia Federal, e seu celular está em perícia.
A operação desta semana se soma a outras ações autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes que miram líderes políticos e influenciadores alinhados a pautas conservadoras. Os críticos apontam excessos e questionam a base legal das medidas, enquanto o Supremo sustenta que age para proteger instituições democráticas.
A comunidade evangélica acompanha de perto o desdobramento do caso, vendo na figura de Malafaia um porta-voz influente na defesa de valores tradicionais. O episódio reacende o debate sobre limites entre liberdade religiosa, manifestação política e atuação do Poder Judiciário.
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Em resumo, Silas Malafaia reage com firmeza à ação da PF, questiona a legitimidade das ordens de Alexandre de Moraes e reafirma sua disposição de enfrentar a Justiça, caso necessário. Continue conosco e receba atualizações sobre este e outros temas que impactam o futuro do país.

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