A líder parlamentar do Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Inês Sousa Real, voltou a colocar o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, no centro do debate público ao acusá-lo de “vitimização” no episódio que envolve a empresa Spinumviva. A porta-voz do partido defende que o chefe de Governo deve entregar toda a documentação solicitada pelo Ministério Público para acelerar a conclusão da averiguação preventiva.
Critérios de transparência dominam a cobrança do PAN
Em declarações à imprensa na quarta-feira (11), durante visita à Figueira da Foz, distrito de Coimbra, Sousa Real afirmou que “o país necessita de avançar” e que o tempo gasto com “problemas pessoais do primeiro-ministro” prejudica o debate de temas estratégicos. Segundo a deputada, “ao invés de se vitimizar, Luís Montenegro precisa prestar os esclarecimentos de que Portugal carece”.
A representante do PAN rejeitou a hipótese de interferência política no andamento do processo, frisando que o partido “não alinha na narrativa” de que investigações judiciais seriam influenciadas pelo calendário eleitoral. O posicionamento foi reforçado logo após a Procuradoria-Geral da República (PGR) divulgar nota oficial confirmando a continuidade das diligências: o Ministério Público ainda aguarda documentos para decidir se arquiva ou avança para inquérito formal.
Desde que o caso eclodiu, o PAN sustenta que o governante, empresário de origem, “tire definitivamente o chapéu de empresário” e se dedique à função pública com total exclusividade. O partido considera indispensável que todos os dados sejam remetidos também à Entidade para a Transparência, para que “o problema fique resolvido” e a pauta nacional deixe de gravitar em torno do episódio societário.
Reação do primeiro-ministro e andamento do processo
Na terça-feira (10), Montenegro reagiu às notícias envolvendo a Spinumviva classificando o conteúdo divulgado como “pouca-vergonha” e afirmou estar “estupefacto e revoltado”. O líder do Executivo reiterou aguardar o “juízo do Ministério Público”, ressaltando confiança plena na Justiça.
A PGR esclareceu, contudo, que “não há neste momento qualquer convicção formada” nem proposta encaminhada ao procurador-geral para encerrar a averiguação. Até a entrega integral dos documentos solicitados, o procedimento segue aberto.
PAN amplia agenda local e cobra políticas para bem-estar animal
Além das críticas ao primeiro-ministro, Inês Sousa Real aproveitou a passagem pela Figueira da Foz para visitar a Associação de Proteção Animal local (APAFF). A instituição, ameaçada de despejo, tenta adquirir o terreno que ocupa há vinte anos. A dirigente defendeu que a autarquia lidere pedido de verbas federais — previstas no Orçamento de Estado — para garantir a permanência da entidade.
Entre as medidas possíveis estão campanhas de esterilização para controlar a superpopulação de animais e subsídios destinados a famílias carentes na compra de ração ou medicamentos veterinários. Para Sousa Real, câmaras municipais “devem apoiar quem atua no front”, lembrando que associações de proteção animal frequentemente substituem o Estado nessa área.


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Imagem: Internet
Na direção da gestão local, liderada por Pedro Santana Lopes (coligação PSD/CDS-PP), a deputada reclamou mais investimento no bem-estar animal e ambiental. Ela citou gastos com festas e fogos de artifício que, em sua avaliação, poderiam ser redirecionados às entidades protetoras.
Perspectivas e próximos passos
Enquanto o PAN pressiona por celeridade, a PGR mantém o processo em fase preliminar, aguardando documentação que, segundo o órgão, “ainda não chegou às mãos” dos procuradores. Caso o material confirme inexistência de irregularidades, a averiguação pode ser arquivada. Se surgir indício de crime, a investigação avança.
Luís Montenegro, por sua vez, sustenta que a cobertura do caso tem caráter político e reitera colaborar com as autoridades. Até que o Ministério Público conclua a análise, o tema continuará no radar do Parlamento e da opinião pública, mobilizando partidos e mantendo o governante sob escrutínio.
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Em resumo, o PAN amplia a pressão sobre o primeiro-ministro ao exigir mais transparência no caso Spinumviva, ao mesmo tempo em que cobra ações locais de proteção animal. Fique atento às futuras atualizações e compartilhe esta reportagem para manter a discussão ativa.
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