São Paulo — A mais recente rodada da pesquisa CNT/MDA, divulgada nesta segunda-feira (8), revela que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém a liderança nas intenções de voto para 2026, embora enfrente índice de desaprovação superior a sua avaliação positiva. O levantamento ouviu 2.002 eleitores entre 3 e 6 de setembro em 140 municípios, cobrindo todos os estados e o Distrito Federal. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Números de aprovação e desaprovação
Segundo a sondagem, 31% dos entrevistados classificam o governo Lula como “ótimo ou bom”, enquanto 40% avaliam a gestão como “ruim ou péssima”. Outros 27,7% consideram a administração “regular”. A comparação com a pesquisa de junho indica leve avanço na nota positiva, que era de 29%, mas a reprovação permaneceu estável.
Na avaliação pessoal do presidente, 44% aprovam as atitudes de Lula, ao passo que 49,3% desaprovam. Em fevereiro, a desaprovação chegava a 55%. A aprovação se concentra em mulheres, eleitores de baixa renda, pessoas acima de 60 anos e católicos.
O instituto destaca tendência de desgaste dos ocupantes do Planalto no início de mandato: Michel Temer e Jair Bolsonaro apresentavam cenário semelhante no mesmo período de governo.
Cenários de primeiro turno
Se a eleição ocorresse hoje, Lula lideraria o primeiro turno com 36,2%. O ex-presidente Jair Bolsonaro aparece em segundo lugar, com 29,7%, seguido por Ciro Gomes (9,6%). Ainda na primeira etapa, quando o nome de Bolsonaro é substituído pelo do governador paulista, Tarcísio de Freitas, o petista venceria com 35,8%, e Tarcísio figuraria em segundo, com 17,1%.
Na pergunta espontânea — aquela em que o eleitor cita o candidato lembrado sem lista prévia —, Lula atinge 27,5% e Bolsonaro, 21,1%. Tarcísio aparece com 2,2% nesse formato. Em junho de 2025, Lula tinha 23% e Bolsonaro, 21% na mesma modalidade.
Disputa de segundo turno
A pesquisa simulou seis confrontos diretos. Lula superaria Bolsonaro por 45,7% a 37,7%. Também venceria Tarcísio (43,9% a 37,6%), Romeu Zema (45% a 30,7%), Ratinho Júnior (43,4% a 36,7%) e Ronaldo Caiado (44,8% a 30,4%). A única situação de empate técnico ocorre contra Ciro Gomes: 39,4% para Lula e 36% para o pedetista.
Em rejeição declarada, 58% dos entrevistados dizem que não votariam em Bolsonaro “de jeito nenhum”, enquanto 50% descartam Lula. Tarcísio de Freitas soma 47% de rejeição. Quando o instituto pergunta espontaneamente em quem o eleitor não votaria, Lula (40,2%) e Bolsonaro (40,1%) aparecem praticamente empatados.
Percepção sobre 8 de Janeiro e possível condenação de Bolsonaro
O levantamento investigou a opinião do eleitorado sobre os eventos de 8 de janeiro de 2023 e os processos judiciais contra Bolsonaro. Para 36%, tratou-se de tentativa de golpe de Estado. Outros 29,5% entendem que foi “protesto que saiu do controle”, enquanto 20% classificam os atos como vandalismo isolado.
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Imagem: Internet
Quanto ao julgamento no Supremo Tribunal Federal, que retoma nesta terça-feira (9), 38,2% consideram que Bolsonaro será condenado de forma justa, e 19,4% dizem que ele será condenado injustamente. Já 17,5% avaliam que o ex-presidente será absolvido de maneira correta, e 11,4% acreditam em absolvição injusta. No total, 58% projetam condenação, contra 29% que esperam absolvição.
Questionados sobre qual punição seria adequada em caso de condenação, 32,2% defendem prisão domiciliar e 31% preferem regime fechado em penitenciária. Para 39,4%, uma eventual sentença agravaria ainda mais a polarização nacional.
Análise do cenário futuro
Embora Lula lidere a corrida eleitoral com margem confortável, os percentuais de reprovação e rejeição indicam ambiente político instável. A pesquisa sugere equilíbrio de forças entre lulistas e bolsonaristas, fenômeno que tem marcado as disputas desde 2018. Ao mesmo tempo, nomes como Tarcísio de Freitas reforçam alternativas dentro do campo conservador, principalmente quando Bolsonaro não está presente nos cenários.
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Em síntese, a CNT/MDA expõe que Lula continua competitivo, porém enfrenta oposição significativa e depende de melhora na avaliação de governo para consolidar a vantagem. A direita mantém espaço robusto, seja com Bolsonaro, seja com novos nomes, o que projeta disputa acirrada em 2026. Acompanhe nossos próximos conteúdos para saber como esses números evoluem e impactam o jogo eleitoral.
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