A Polícia Penal do Distrito Federal (PPDF) passa a conduzir, de forma permanente, o monitoramento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A medida resulta de despacho do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), publicado na terça-feira (26), que determinou reforço no policiamento ostensivo ao redor da residência do ex-chefe do Executivo.
Pedido partiu da Polícia Federal
O reforço foi solicitado pelo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, em ofício encaminhado ao STF. No documento, a PF apontou “risco concreto de fuga” e defendeu “urgente e imediato” incremento das equipes de vigilância em torno do imóvel localizado em Brasília. O órgão também reforçou a necessidade de checagem constante da tornozeleira eletrônica que o ex-presidente utiliza desde 4 de agosto, quando iniciou o cumprimento de prisão domiciliar.
Segundo o ofício, a PF recebeu informações de que Bolsonaro poderia tentar ingressar na Embaixada dos Estados Unidos, situada a cerca de dez minutos de sua casa, para solicitar asilo político. A representação diplomática, por constituir extensão do território americano, impediria o cumprimento de eventuais mandados de prisão sem autorização do governo dos EUA. Para a PF, tal cenário “poderia frustrar a ordem judicial e comprometer a aplicação da lei penal”.
Competências da Polícia Penal
Vinculada à Secretaria de Administração Penitenciária do DF (Seape-DF), a Polícia Penal já era responsável pelo monitoramento eletrônico de Bolsonaro. Com a nova determinação, o órgão deve manter equipes específicas em tempo integral para acompanhar, em tempo real, a movimentação no endereço do ex-presidente. O documento assinado por Moraes destaca:
“DETERMINO à Polícia Penal do Distrito Federal que proceda ao monitoramento em tempo integral (…) com destacamento de equipes para monitoramento em tempo real do endereço residencial do réu, onde cumpre prisão domiciliar.”
Além da tornozeleira, permanecem em vigor as restrições previamente impostas: proibição de uso de telefone celular e de recebimento de visitas sem prévia autorização judicial, exceto para advogados e familiares.
Manifestação da PGR
A Procuradoria-Geral da República (PGR) concordou com o pedido da PF. Em parecer assinado pelo procurador-geral Paulo Gonet, o órgão defendeu a ampliação do policiamento, mas enfatizou que a atuação deve ocorrer de forma discreta, respeitando a privacidade do domicílio e evitando transtornos aos vizinhos.
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Imagem: Internet
A decisão atual consolida o papel da Polícia Penal do DF como responsável exclusivo pelo acompanhamento de Bolsonaro, cabendo à PF a coordenação de informações estratégicas. Não há indicação de prazo para revisão da medida.
Contexto das medidas judiciais
Desde agosto, Jair Bolsonaro cumpre prisão domiciliar decretada pelo STF. A ordem incluiu a instalação de tornozeleira eletrônica, recolhimento de passaporte e imposição de horários restritos para saída mediante autorização. Em momentos anteriores, a defesa do ex-presidente alegou colaborar com as determinações, ressaltando que não houve descumprimento das condições estabelecidas.
Com a recente decisão, o monitoramento passa a contar com presença ostensiva de agentes, ampliando a vigilância já existente por via digital. O Supremo não detalhou a quantidade de profissionais designados nem o custo operacional do reforço.
Para quem acompanha os desdobramentos políticos na capital federal, vale conferir outras atualizações na seção de Política do Geral de Notícias, onde novas informações sobre o caso serão publicadas assim que disponíveis.
Em síntese, a Polícia Penal do DF assume, a partir de agora, a tarefa de vigiar continuamente o ex-presidente, atendendo a pedido da PF e decisão do STF. O leitor que deseja seguir atualizado deve permanecer atento às próximas movimentações e acompanhar nossos destaques diários.
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