Brasília, 1º de outubro de 2025 – O presidente nacional do PRTB, Amauri Pinho, afirmou que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) não será filiado à legenda para disputar a Presidência da República em 2026. A declaração encerra rumores levantados pelo ex-dirigente Leonardo Avalanche, que ventilou a hipótese de abrigar o parlamentar caso o PL decida apoiar o governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Dirigente nega articulação e aponta “fake news”
Em entrevista publicada nesta quarta-feira (1º), Pinho classificou a conversa sobre a chegada de Eduardo ao partido como “estratégia pessoal” de Avalanche para se manter no comando. Segundo o atual presidente, o ex-dirigente jamais conversou diretamente com o deputado. “Tudo não passou de uma tentativa de preservar poder dentro da sigla”, resumiu.
Pinho relatou que, antes da troca no comando, estabeleceu prazo de vinte dias para que Avalanche regularizasse pendências internas – como a inexistência de sede nacional e a falta de representação na Câmara. Sem o cumprimento das metas, o vice assumiu a presidência por dois anos. Após a convenção, Avalanche teria recuado e, em seguida, espalhado a versão de que Eduardo Bolsonaro poderia ser o candidato do PRTB ao Planalto.
Eduardo busca alternativas fora do PL
A movimentação do terceiro filho do ex-presidente Jair Bolsonaro ocorre em meio à possibilidade de o PL apoiar Tarcísio de Freitas contra uma eventual tentativa de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Enquanto o cenário partidário não se define, Eduardo intensifica críticas à própria sigla e ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto, alegando defender o que chama de “movimento bolsonarista”.
A tensão interna é agravada pela impossibilidade de contato direto com o pai, condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por crimes ligados a tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O deputado considera que a cúpula do partido prioriza articulações locais e se distancia da base conservadora.
PRTB mira centro político e considera Flávio
Ao assumir o comando, Amauri Pinho anunciou plano de reposicionar o PRTB mais próximo do centro, afastando a sigla da ala “direita aguerrida” que marcou a gestão anterior. Nesse contexto, ele não descarta dialogar com quadros moderados, inclusive dentro da família Bolsonaro. “Há espaço para conversar com Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que tem perfil mais equilibrado”, disse.
O dirigente também mantém diálogo com parlamentares de diferentes correntes, buscando montar bancada que garanta visibilidade ao partido no Congresso. “Converso tanto com mandatos mais à direita quanto com mais progressistas. A meta é ampliar representação”, explicou.
Pablo Marçal segue no radar para 2026
O PRTB ganhou projeção nacional em 2022 ao lançar o empresário Pablo Marçal à Prefeitura de São Paulo. Apesar de duas condenações eleitorais que o tornaram inelegível por oito anos, Pinho não descarta novo apoio caso as decisões sejam revertidas. “Ele só perde para si mesmo. Em 2024, escolhas equivocadas impediram o segundo turno”, avaliou.
Marçal recorre das sentenças e aposta em reverter a inelegibilidade a tempo de concorrer em 2026. O partido acompanha o processo, mas frisa que buscará nomes viáveis caso o empresário permaneça impedido.


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Imagem: Zeca Ribeiro
Cenário eleitoral de 2026 segue indefinido
Com o afastamento do PRTB, Eduardo Bolsonaro segue em busca de sigla que lhe garanta palanque presidencial. O deputado sonda opções menores e mantém interlocução com dirigentes alinhados ao campo conservador. A decisão do PL sobre quem apoiar – Tarcísio ou candidatura própria – deve influenciar diretamente o desfecho.
Nos bastidores, aliados de Eduardo defendem que ele permaneça no partido até a janela de filiação, em 2026, para não perder tempo de TV e recursos do fundo eleitoral. A pretensão de concorrer ao Planalto, porém, dependerá da costura de apoios capazes de contrapô-lo a figuras com mais capital político, como o atual governador paulista.
Enquanto isso, a direção do PRTB mantém o foco na reorganização interna. Prioridades incluem a conquista de deputados federais, a instalação de diretórios estaduais e a formação de chapas competitivas para câmaras municipais em 2026. O objetivo declarado é reposicionar a sigla como alternativa de centro-direita, pronta a dialogar, mas firme em princípios conservadores.
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Em resumo, o PRTB fecha a porta a Eduardo Bolsonaro, avalia abrir espaço a Flávio e trabalha para ampliar protagonismo no Congresso. A disputa presidencial de 2026 segue aberta, e as próximas alianças serão decisivas. Continue acompanhando nossos conteúdos e receba atualizações sobre o cenário político nacional.
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