O PRTB iniciou tratativas para lançar o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como candidato à Presidência da República em 2026. A confirmação partiu do presidente nacional do partido, Leonardo Avalanche, que relatou conversas diretas com o parlamentar e garantiu que a legenda está à disposição caso ele deixe o PL.
Negociação envolve mudança de partido e estratégia inédita
Eduardo Bolsonaro, atualmente filiado ao PL, avalia as alternativas após o comando da sigla manifestar preferência pelo governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos) para a disputa presidencial. Diante desse cenário, Avalanche colocou o PRTB como opção, afirmando que “todos estão dispostos a apresentar propostas claras ao eleitorado brasileiro”.
De acordo com o dirigente, o deputado demonstrou interesse em conduzir a primeira campanha presidencial totalmente virtual do país. A ideia é basear a comunicação em redes sociais e transmissões on-line, formato que ainda não foi testado em pleitos ao Palácio do Planalto. Mesmo residindo temporariamente nos Estados Unidos, Eduardo não encontra impedimentos legais para registrar candidatura, desde que cumpra as exigências de elegibilidade previstas na legislação eleitoral.
Contexto interno no PL e movimentos do PRTB
A movimentação acontece em meio a divergências internas no PL. Parte da base bolsonarista demonstrou desconforto após declarações do presidente do partido, Valdemar Costa Neto, sobre suposto “planejamento de golpe”. Apesar do recuo público de Valdemar, a fala motivou comentários de que parlamentares ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro cogitam migrar para outras legendas conservadoras.
Em 20 de agosto, o próprio PRTB publicou nota informando que “bolsonaristas raiz” estudam deixar o PL. Ao oferecer espaço para Eduardo Bolsonaro, o partido sinaliza disposição para atrair quadros alinhados às pautas da direita e fortalecer a sigla nas urnas de 2026.
Outros nomes no radar da sigla
Além de Eduardo, o PRTB mantém diálogo com outras lideranças. Entre os cotados estão o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos-SP); a senadora Damares Alves (Republicanos-DF); o ex-governador Anthony Garotinho (Republicanos-RJ); e o empresário Pablo Marçal, já filiado, porém inelegível até 2032 por condenações na Justiça Eleitoral. O objetivo é ampliar o palanque conservador e garantir presença competitiva nos principais cargos majoritários.
Viabilidade jurídica e próximos passos
A legislação brasileira exige domicílio eleitoral, filiação partidária mínima de seis meses antes do pleito e pleno gozo dos direitos políticos. Mesmo morando fora do país, Eduardo Bolsonaro pode cumprir esses requisitos se formalizar o retorno e registrar a filiação no prazo. Caso confirme a saída do PL e a entrada no PRTB, a campanha virtual ganharia contornos oficiais a partir da janela partidária de 2026.
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Imagem: Renato Araújo
Enquanto o deputado avalia o convite, o PRTB prepara estrutura de comunicação digital para sustentar a eventual candidatura. A sigla pretende explorar transmissões ao vivo, vídeos de curta duração e interação direta com a base conservadora, modelo que ganhou força nas eleições recentes e deve ser ampliado em 2026.
Em síntese, o tabuleiro da direita começa a se reorganizar. Se aceitar a oferta, Eduardo Bolsonaro poderá estrear uma estratégia de campanha 100% on-line, enquanto o PRTB se posiciona como abrigo para lideranças descontentes com o PL. O desfecho das negociações dependerá das definições internas dos partidos e do calendário eleitoral.
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Este artigo apresentou os principais fatos sobre as conversas entre PRTB e Eduardo Bolsonaro e seus possíveis impactos na disputa presidencial de 2026. Continue atento às próximas definições e compartilhe a notícia nas suas redes para ampliar o debate.
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