Brasília, 8 de outubro de 2025 – A executiva nacional do União Brasil decidiu afastar o ministro do Turismo, Celso Sabino, de todas as atividades partidárias. A medida foi sacramentada nesta quarta-feira (8) após o ministro reafirmar que permanecerá no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, contrariando orientação da legenda.
Decisão articulada pela cúpula do partido
O afastamento foi costurado pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União-GO), em conjunto com o presidente do partido, Antônio Rueda. Durante reunião em Brasília, a direção abriu processo interno que poderá resultar na expulsão definitiva de Sabino. Para Caiado, o ministro “traiu” a linha oposicionista ao insistir na permanência no Executivo federal.
O caso repercute poucos dias depois de situação semelhante envolvendo o também ministro André Fufuca (PP-MA), igualmente punido por manter apoio à gestão petista. União Brasil e PP formam uma federação que estabeleceu, em deliberação formal, a ruptura com o governo. A determinação prevê que filiados entreguem cargos de primeiro escalão e alinhem-se ao bloco de oposição no Congresso.
Argumentos de Sabino e peso da COP 30
Ao chegar à reunião, Celso Sabino declarou ter respaldo de parte da bancada para seguir na Esplanada. O ministro sustenta que deixar a pasta às vésperas da COP 30, marcada para novembro de 2025 em Belém, prejudicaria a organização do evento. Ele vem conduzindo negociações logísticas e diplomáticas da conferência climática, que ocorrerá em seu estado natal, o Pará.
“Pelo bem dos serviços que estamos prestando e pelo povo do Pará, permanecerei no governo”, disse Sabino a jornalistas. O ministro pretende concorrer ao Senado em 2026 e vê a realização da COP 30 como vitrine eleitoral.
A executiva partidária, porém, entende que a continuidade no ministério conflita com o posicionamento aprovado em colegiado. Ao anunciar a abertura do processo disciplinar, Caiado salientou: “Somos oposição ao governo.” O estatuto do União Brasil prevê suspensão e expulsão em casos de infidelidade às diretrizes nacionais.
Reação do Palácio do Planalto
Na segunda-feira (6), o presidente Lula minimizou os ultimatos dos partidos e declarou que “não irá implorar apoio de ninguém” para 2026. Segundo o chefe do Executivo, PP e União Brasil agem com “pequenez” e cada legenda decide se permanece ou não na base.
Apesar do embate, o Planalto mantém Sabino no cargo e aposta no impacto positivo da COP 30 para a agenda ambiental do governo. Internamente, auxiliares do presidente avaliam que a saída do ministro antes da conferência causaria desgaste internacional.


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Imagem: Fábio Rodrigues-Pozzebom
Próximos passos e possível expulsão
O processo disciplinar contra Sabino seguirá rito estabelecido no regimento interno do União Brasil. A defesa do ministro terá prazo para manifestação, e o parecer final passará pelo diretório nacional. Caso a expulsão seja confirmada, o partido poderá reivindicar o mandato, caso o ministro se eleja senador, com base na legislação de fidelidade partidária.
Entre os parlamentares da sigla, a divisão é evidente. Parte dos deputados defende a permanência de Sabino para manter espaços no governo, enquanto outro grupo, liderado por Caiado, cobra coerência oposicionista. A bancada do Pará se manteve cautelosa, mas reconhece o impacto regional da conferência climática.
No cenário geral, a movimentação dos partidos reforça a recomposição de blocos à direita e eleva a pressão sobre ministros que ainda representam siglas oposicionistas no primeiro escalão.
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Em resumo, o União Brasil afastou Celso Sabino por descumprir a linha oposicionista e abrirá processo que pode culminar na expulsão. Resta saber se o ministro conseguirá reverter a decisão ou se seguirá no cargo sem respaldo partidário. Continue acompanhando nossas atualizações e compartilhe esta reportagem com quem deseja se manter informado.
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