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União Brasil impõe prazo e pressiona Celso Sabino; Lula tenta segurar ministro

Política

Brasília — O ministro do Turismo, Celso Sabino (União-PA), mantém-se no centro de um impasse político depois de conversar por telefone com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o ultimato lançado pela Executiva do União Brasil. A sigla fixou prazo de 24 horas para que filiados deixem todos os cargos federais, antecipando o desembarque do governo.

Telefone não selou demissão, mas reunião decisiva ocorre hoje

De acordo com interlocutores do Palácio do Planalto, o contato telefônico entre Lula e Sabino, realizado na noite de quinta-feira (5), serviu apenas para alinhar a agenda de um encontro presencial. A reunião está marcada para esta sexta-feira no Palácio da Alvorada. Apesar da pressão do partido, o ministro não entregou o cargo durante a conversa e reafirmou que prefere permanecer à frente da pasta.

Sabino foi indicado pela bancada da Câmara do União Brasil em julho. Desde então, concentrou esforços na organização da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que ocorrerá em Belém, em novembro. O trabalho de preparação reforçou sua exposição positiva no estado e é considerado peça-chave de suas pretensões eleitorais.

Interesses eleitorais de 2026 pesam na decisão

Deputado federal licenciado pelo Pará, Celso Sabino planeja disputar uma vaga ao Senado em 2026 na chapa do governador Helder Barbalho (MDB). Fontes próximas ao ministro relatam que Lula sinalizou apoio à candidatura, principalmente após o desempenho do petista no estado na eleição de 2022 — quando o presidente obteve 54 % dos votos no segundo turno.

A possibilidade de se manter no Ministério do Turismo favorece o projeto político de Sabino, garantindo visibilidade nacional e acesso a recursos para políticas públicas no Pará. Por essa razão, o ministro buscou alternativas dentro do partido para adiar ou contornar o desembarque, chegando a admitir um pedido de licença da legenda. A cúpula do União Brasil, contudo, antecipou a ruptura com o Planalto, ampliando a pressão sobre o ministro.

Divisão interna: três ministérios, posicionamentos distintos

Embora tenha anunciado oficialmente o rompimento, o União Brasil controla três pastas no governo federal. Além do Turismo, a sigla chefia Integração Nacional, comandada por Waldez Góes, e Comunicações, liderada por Juscelino Filho. Ambos são apadrinhados pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e não devem obedecer ao ultimato da direção partidária.

A discrepância expõe a divisão interna da legenda, que soma mais de 50 deputados e sete senadores. Parte da bancada defende maior independência em relação ao governo petista, argumentando que acordos não resultaram em liberação de emendas na velocidade desejada. Outra ala, ligada a Alcolumbre, prefere manter espaços na Esplanada.

Lula tenta evitar perda de votos no Congresso

No Planalto, a possível saída de Sabino é vista como risco adicional para a articulação política. Mesmo com três ministérios sob o comando do União Brasil, o governo enfrenta dificuldades para garantir apoio consistente em votações-chave. Manter o ministro do Turismo seria uma forma de preservar pontes com parcela moderada do partido e, ao mesmo tempo, assegurar continuidade dos preparativos da COP 30.

Assessores presidenciais avaliam que Lula não pretende abrir mão do titular do Turismo sem ao menos uma negociação que assegure transição ordenada e, se possível, a manutenção do apoio pessoal de Sabino no Parlamento.

Próximos passos

A decisão final dependerá da conversa desta sexta-feira. Caso Sabino peça exoneração, o União Brasil deve indicar um nome de fora da legenda ou aceitar que o Planalto assuma a escolha, sinalizando desalinhamento definitivo. Se o ministro permanecer, o partido poderá abrir processo disciplinar ou acelerar sua expulsão, repetindo a estratégia adotada em outras ocasiões com filiados que contrariaram deliberações internas.

O desfecho do impasse terá impacto direto na correlação de forças do Centrão, bloco que passou a ganhar espaço após o avanço de siglas de centro-direita sobre estatais e ministérios. A permanência ou saída de Sabino também influencia a cena eleitoral do Pará, estado no qual União Brasil, MDB e PT disputam protagonismo.

Para acompanhar a evolução desta e de outras movimentações em Brasília, consulte a categoria de Política do nosso portal.

Em síntese, Celso Sabino tenta resistir à pressão partidária para preservar um posto estratégico tanto para o turismo nacional quanto para seu projeto político, enquanto Lula busca conter a debandada e minimizar perdas no Congresso. Continue acompanhando nossos conteúdos e receba as atualizações em tempo real.

Para informações oficiais e atualizadas sobre política brasileira, consulte também:

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