O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), declarou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o Partido dos Trabalhadores são os principais adversários do campo conservador no Brasil. Em entrevista concedida à Folha de S.Paulo, Zema defendeu que a direita concentre suas energias na disputa direta contra o petismo, minimizando divergências internas entre lideranças de partidos aliados.
Zema prioriza Minas e evita disputa interna
Questionado sobre o embate verbal travado no último domingo (5) entre o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e o senador e presidente do Progressistas, Ciro Nogueira, Zema afirmou ter acompanhado o episódio “muito por cima” e reiterou seu foco na administração de Minas Gerais. “Na política, meus adversários são Lula e o PT. Creio que eles sejam os adversários de toda a direita. É com eles que a direita deve brigar”, afirmou.
O posicionamento ocorre no momento em que atores do espectro conservador discutem caminhos para a eleição presidencial de 2026. Zema, que mantém boa aprovação em seu estado e é visto como potencial nome nacional, preferiu reforçar o enfrentamento ao governo federal em vez de endossar disputas entre possíveis pré-candidatos.
Ciro Nogueira cita “duas candidaturas viáveis” para 2026
A troca de farpas começou após declaração de Ciro Nogueira ao jornal O Globo. Segundo o senador, apenas dois governadores reúnem condições competitivas para 2026: Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, e Ratinho Júnior (PSD), do Paraná. Ambos dependeriam, de acordo com Nogueira, do aval do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para se consolidarem.
A exclusão de Caiado da lista irritou o governador goiano, que também se apresenta como pré-candidato ao Planalto. Pelas redes sociais, ele ironizou o senador: “Se Bolsonaro quiser escolher um porta-voz, certamente será um de seus filhos ou sua esposa, Michelle”, escreveu no X (antigo Twitter), qualificando Nogueira como “senador de inexpressiva presença nacional”.
Caiado reage e recebe resposta de Nogueira
Nogueira rebateu ao afirmar que o tamanho da postagem de Caiado “chamou a atenção” e que o governador “deve estar com tempo livre”. “Eu não, sobretudo para polêmicas vazias”, respondeu o senador. Procurado pelo Estadão, Caiado não comentou o assunto novamente. Já Nogueira manteve as críticas, ressaltando que seu posicionamento reflete “leitura objetiva do cenário”.
Direita fragmentada diante de 2026
A discussão evidencia a fragmentação da direita após as eleições de 2022. Enquanto grupos ligados ao antigo governo buscam manter a influência de Bolsonaro, lideranças regionais tentam construir caminhos próprios. Tarcísio de Freitas, Ratinho Júnior e Ronaldo Caiado aparecem entre os nomes mais citados, mas a definição de um consenso ainda depende de fatores como a elegibilidade de Bolsonaro, alianças partidárias e desempenho administrativo dos governadores.
Zema, por sua vez, evita se colocar oficialmente na disputa e reforça o discurso de união contra Lula. Ele repete que seu foco imediato é a gestão estadual, mas interlocutores próximos não descartam eventual candidatura caso o cenário evolua. A ênfase na oposição ao PT busca preservar seu espaço entre eleitores conservadores sem entrar em choque direto com aliados potenciais.
Contexto das declarações
O atrito entre Caiado e Nogueira ocorreu em 5 de novembro, dias após o senador conceder a entrevista. As mensagens circularam amplamente nas redes, repercutindo em partidos como PL, Republicanos e PSD. Em paralelo, Zema manifestou sua posição à Folha de S.Paulo, publicada nesta segunda-feira (6), reforçando a necessidade de foco conjunto da direita contra o Palácio do Planalto.


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Imagem: Internet
Nos bastidores, dirigentes avaliam que a troca de acusações pode fragilizar a construção de uma alternativa única ao PT. A avaliação de Zema ecoa entre parlamentares que defendem uma pauta unificada contra políticas econômicas e sociais propostas pelo governo federal.
Próximos passos
Com a eleição presidencial a três anos de distância, governadores e líderes partidários intensificam agendas nacionais, participam de eventos e buscam projeção. Tarcísio tem se aproximado de segmentos empresariais, enquanto Ratinho reforça obras de infraestrutura no Paraná. Caiado aposta no agronegócio e na segurança pública para ampliar seu alcance. Ciro Nogueira, por sua vez, articula novamente o Centrão em Brasília.
Independentemente dos nomes que avancem, a fala de Zema coloca pressão para que disputas internas não comprometam a estratégia contra o PT. A coesão do campo conservador será testada nos próximos meses, especialmente em votações no Congresso e nas eleições municipais de 2024, que servirão como termômetro para 2026.
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Em resumo, as declarações de Romeu Zema reposicionam o debate dentro da direita, defendendo foco no embate direto com Lula e no fortalecimento de uma pauta comum. Continue nos acompanhando e receba alertas das principais notícias da política nacional.
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