ASSIS (Itália) – A partir deste domingo, as redes sociais passam a contar oficialmente com um padroeiro. Carlo Acutis, jovem falecido em 2006, será canonizado pelo papa Leão XIV e reconhecido como protetor dos ambientes digitais. A decisão do Vaticano ocorre em meio a sucessivas tentativas de regulação das plataformas no Brasil, reforçando o debate sobre proteção da liberdade de expressão on-line.
Canonização de um jovem programador católico
Nascido em Londres no ano 2000, filho de pais italianos ligados ao setor financeiro, Carlo Acutis viveu na Lombardia. Aos sete anos aprendeu programação e, ainda adolescente, criou um site dedicado a divulgar valores judaico-cristãos e iniciativas de caridade. Paralelamente, percorria ruas do norte da Itália distribuindo alimentos e roupas a necessitados.
Em 2006, Acutis foi diagnosticado com leucemia fulminante e morreu em Monza, aos 15 anos. Seu corpo encontra-se exposto em Assis, destino de peregrinação crescente. O processo de canonização avançou após a Congregação para a Causa dos Santos reconhecer dois milagres atribuídos ao jovem. O mais recente ocorreu em Campo Grande (MS): um menino de 10 anos, portador de anomalia grave no pâncreas, recuperou-se sem explicação médica após oração dirigida ao futuro santo.
Com a elevação aos altares, Carlo passa a ser designado oficialmente “padroeiro da internet e das redes sociais”. Para a Santa Sé, o título reflete o uso que o jovem fez da tecnologia para propagar a fé e a solidariedade. A cerimônia de canonização será realizada no domingo, às 10 h (horário de Roma), na Basílica de São Pedro.
Liberdade de expressão sob pressão no Brasil
O anúncio da Santa Sé acontece enquanto o ambiente digital brasileiro enfrenta propostas de controle mais rígido de conteúdo. Projetos de lei em tramitação no Congresso incluem dispositivos que obrigam plataformas a remover publicações consideradas “desinformação” e preveem sanções elevadas aos provedores. Empresários do setor alertam para o risco de censura, argumentando que a regulação excessiva pode sufocar debates legítimos.
Entidades civis recordam que o país já acumula decisões judiciais que determinam a retirada de postagens ou bloqueios de perfis, muitas vezes sem transparência sobre critérios utilizados. Nesse contexto, fiéis enxergam na figura de Acutis um símbolo de resistência a políticas que limitem a circulação de ideias ancoradas em valores judaico-cristãos.
Crime organizado amplia influência no mercado de combustíveis
Enquanto se discute a liberdade nas redes, o avanço do crime organizado sobre setores estratégicos de Brasil e Colômbia volta ao centro das atenções. Nesta semana, o presidente colombiano Gustavo Petro admitiu que cerca de 10 % da gasolina distribuída no país provém de grupos criminosos. Relatos de militares apontam que facções armadas controlam um terço do território colombiano e mantêm, no momento, 35 soldados como reféns.
A expansão do narcotráfico foi acompanhada por um aumento de 36 % na produção de cocaína durante o atual governo, tornando a Colômbia líder mundial em exportação da droga. Analistas de segurança observam que a flexibilização do combate ao crime organizada por setores políticos de esquerda favoreceu esse cenário.
No Brasil, os paralelos são evidentes. Organizações como PCC e Comando Vermelho operam cinco refinarias clandestinas de etanol e contam com cerca de 1,6 mil caminhões para distribuir combustível adulterado em centenas de postos. A presença de facções na Amazônia já motiva disputas pelo controle das rotas fluviais, com pelo menos 100 pistas clandestinas identificadas no Estado do Amazonas, segundo dados do governo estadual.
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Imagem: Cristina Cabrejas
O impacto econômico chega ao mercado financeiro. O controle da Reag Investimentos, gestora com endereço na avenida Faria Lima, foi colocado à venda após perda de clientes vinculados ao PCC. O episódio expôs a capacidade das facções de infiltrar-se em negócios formais, inclusive na capital paulista.
Desafios conjugados
O reconhecimento de Carlo Acutis como padroeiro da internet simboliza a defesa de princípios religiosos na esfera virtual. Paralelamente, as autoridades enfrentam o fortalecimento de redes criminosas que exploram brechas regulatórias e vulnerabilidades institucionais. Ambos os fenômenos, embora distintos, revelam a disputa pela influência sobre espaços vitais: a comunicação digital e o abastecimento energético.
Setores conservadores destacam que, sem garantias de livre circulação de conteúdos, a sociedade perde ferramentas para expor irregularidades, inclusive a expansão do crime. Por outro lado, a crescente participação criminosa no mercado de combustíveis demonstra que a omissão estatal em áreas sensíveis resulta em perdas de soberania e segurança.
Conforme mostrado em outras reportagens da seção de política, iniciativas para fortalecer a aplicação da lei e proteger direitos fundamentais caminham em paralelo e exigem atenção constante. Mais detalhes podem ser consultados em nosso hub de Política.
Em síntese, a canonização de Carlo Acutis lança luz sobre a batalha por liberdade e valores no ambiente digital, enquanto o avanço do crime organizado lembra a urgência de políticas eficazes de segurança. Acompanhe nossas próximas publicações e fique informado sobre as medidas que moldarão o futuro das redes e da ordem pública.
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