Brasília, 4 de setembro de 2025 – O jornalista Paulo Figueiredo afirmou que autoridades norte-americanas acompanham de perto as mobilizações marcadas para o próximo sábado, 7 de Setembro, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prometem ocupar ruas em diversas capitais brasileiras. A declaração foi publicada na rede X e reforça a expectativa de grande visibilidade internacional para os atos cívicos.
Olhos estrangeiros voltados ao Brasil
No breve comunicado, Figueiredo relatou conversas com interlocutores dos Estados Unidos que demonstraram atenção redobrada ao cenário político brasileiro. “Os olhos deles estarão voltados para as ruas do Brasil no 7 de Setembro. Precisamos continuar mostrando que estamos fazendo nossa parte”, escreveu o jornalista, sem identificar os órgãos ou representantes envolvidos.
O interesse surge em meio ao julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte analisa denúncia de “tentativa de golpe de Estado”, tese rechaçada por parlamentares da oposição e por juristas que apontam fragilidade na acusação. A proximidade entre o julgamento e as manifestações de 7 de Setembro aumenta a tensão institucional e atrai a atenção de observadores internacionais, especialmente em Washington.
Agenda de Eduardo Bolsonaro nos EUA
Paulo Figueiredo manteve nos últimos dias uma série de reuniões em solo norte-americano ao lado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Segundo registros divulgados também no X, eles encontraram empresários brasileiros sediados em Washington dispostos a negociar diretamente com a equipe do ex-presidente Donald Trump a revisão de tarifas impostas sobre produtos do Brasil.
Em paralelo, Eduardo Bolsonaro participou de encontro com Jason Miller, estrategista da campanha de Trump e voz ativa nas redes sociais. Miller tem feito publicações diárias usando as hashtags #FreeBolsonaro e #SaveBrazil. Na mais recente, acusou o ministro Alexandre de Moraes de “destruir a liberdade” no país. “Alexandre de Moraes não pode silenciar todos nós. Nunca ficaremos calados enquanto esse ditador estiver destruindo a democracia”, escreveu.
O parlamentar brasileiro respondeu com agradecimento e sinalizou confiança em mudanças futuras: “Jason Miller é a prova viva de que não há ditadura que dure para sempre. A ruína de Moraes está cada vez mais próxima, graças ao apoio de pessoas como Jason”.
Mobilização prevista em várias capitais
Organizadores estimam atos simultâneos em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e outras capitais. Na Avenida Paulista, palco tradicional de manifestações, grupos já planejam concentrar caravanas vindas do interior paulista a partir das 10h. Em Brasília, a Esplanada dos Ministérios deverá receber caminhoneiros, agricultores, militares da reserva e lideranças religiosas.
Além do apoio explícito de políticos alinhados ao ex-presidente, o 7 de Setembro contará com manifestações de repúdio às decisões do STF e pedidos de respeito às liberdades individuais. Para os organizadores, o acompanhamento estrangeiro reforça a legitimidade dos protestos. “Quando o mundo observa, as instituições tendem a respeitar as vozes das ruas”, declarou um porta-voz do movimento em São Paulo.
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Imagem: Cadu Pinotti
Contexto internacional e relacionamento bilateral
A aproximação entre parlamentares conservadores brasileiros e figuras ligadas ao Partido Republicano não é nova. Durante o mandato de Donald Trump, houve alinhamento em temas como defesa, comércio e combate ao socialismo na América Latina. O interesse atual em reduzir tarifas, segundo Eduardo Bolsonaro, faz parte de estratégia para impulsionar exportações brasileiras e fortalecer a parceria com possíveis futuros governos republicanos.
Analistas em Washington observam que as manifestações de 7 de Setembro servirão como termômetro popular do apoio a Bolsonaro no momento em que o STF analisa seu futuro político. O eventual impacto nas relações bilaterais dependerá da repercussão externa e da resposta das instituições brasileiras.
Próximos passos
Até sexta-feira, organizadores pretendem publicar roteiros detalhados nas redes sociais, indicando pontos de concentração e horários. A Polícia Militar de cada estado prepara planos de segurança para evitar confrontos. No Judiciário, os ministros do STF devem retomar o julgamento na próxima semana, após o feriado, com expectativa de novo voto a favor da condenação ou eventual pedido de vista que adie a decisão.
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Em síntese, a confirmação de que os Estados Unidos monitorarão as manifestações de 7 de Setembro eleva a relevância do ato para a opinião pública global e coloca o STF sob ainda mais holofotes. Siga o Geral de Notícias e receba atualizações em tempo real sobre o desdobramento das mobilizações e o julgamento de Jair Bolsonaro.
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