Vaticano, 20 set. 2025 – O ministro Edson Fachin, que tomará posse na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) em 29 de setembro, participou neste sábado do “Jubileu dos Operadores de Justiça”, na Praça São Pedro, e cumprimentou o papa Leão XIV ao término da cerimônia.
Evento reúne profissionais do Direito de vários países
Realizado na área externa da Praça São Pedro, o Jubileu promoveu reflexões sobre ética e responsabilidade social no exercício da Justiça. A programação atraiu juízes, advogados, procuradores e acadêmicos de diferentes nações. Na condição de católico praticante, Fachin acompanhou o discurso pontifício a poucos metros do altar.
Durante a fala, Leão XIV advertiu que “justiça não se resume à aplicação mecânica das leis” e defendeu a busca de igualdade em dignidade e oportunidades. Citando Santo Agostinho, o papa afirmou que “não existe direito verdadeiro onde falta a autêntica Justiça”. A mensagem reforçou, segundo o pontífice, a necessidade de servidores públicos manterem postura voltada ao bem comum.
Após a homilia, os participantes formaram fila para saudar o líder da Igreja Católica. Fachin apertou a mão do papa, trocou breves palavras e recebeu bênção, gesto registrado pelas câmeras do Vatican News. De acordo com a Assessoria de Comunicação do STF, o ministro arcou com todos os custos da viagem. A articulação foi realizada em conjunto com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), entidade que mantém interlocução frequente com o Vaticano.
Contagem regressiva para a presidência do Supremo
Edson Fachin comandará o STF até 2027, tendo o ministro Alexandre de Moraes como vice. Na semana anterior à viagem, ambos estiveram no Palácio do Planalto para entregar pessoalmente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o convite para a cerimônia de posse.
A sucessão ocorre em meio a desafios institucionais relevantes, entre eles a discussão sobre limites de buscas policiais no Congresso Nacional, tema que necessita de maioria simples na Corte para fixar jurisprudência. Fachin assumirá a chefia administrativa do tribunal e, conforme a tradição, passará a representar oficialmente o Poder Judiciário em solenidades de Estado, audiências no exterior e eventos interreligiosos.
Antes de ocupar a presidência, o ministro acumula experiência em julgamentos de repercussão, como processos da Operação Lava Jato. A expectativa entre pares é de que a nova gestão mantenha o calendário de julgamentos constitucionais e fortaleça o diálogo institucional com Executivo e Legislativo.
Viagem sem ônus para o erário
Ao optar por custear a ida ao Vaticano com recursos próprios, Fachin evita críticas recorrentes sobre despesas públicas em deslocamentos internacionais de autoridades. A divulgação do autofinanciamento foi feita pela Agência Brasil e repercutiu positivamente entre integrantes de tribunais de contas que defendem maior transparência nas viagens oficiais.


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Imagem: Fellipe Sampaio
O encontro com Leão XIV soma-se a uma série de agendas de Fachin no exterior, focadas em cooperação jurídica e troca de experiências sobre Estado de Direito. Fontes próximas ao ministro indicam que, embora a visita seja de caráter religioso, as discussões sobre Justiça abordadas no Jubileu poderão inspirar projetos de capacitação de magistrados brasileiros.
Contexto institucional
O Supremo atravessa fase de transição marcada por decisões sensíveis envolvendo prerrogativas parlamentares, regulamentação de redes sociais e debates sobre liberdade de expressão. Fachin, ao assumir a presidência, terá a missão de equilibrar demandas processuais com a responsabilidade de preservar a estabilidade entre os Poderes.
Além das decisões plenárias, cabe ao presidente do STF gerir o orçamento da Corte, supervisionar a Polícia Judicial e representar o tribunal no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Nos bastidores, ministros avaliam que a experiência acadêmica de Fachin, aliada à postura conciliadora, poderá facilitar o diálogo com diferentes setores da sociedade.
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Em resumo, a visita de Edson Fachin ao Vaticano antecede a posse no comando do STF, reforça laços com a Igreja Católica e sinaliza preocupação com princípios éticos na aplicação da Justiça. Continue acompanhando nossas atualizações e receba em primeira mão os desdobramentos sobre o Judiciário brasileiro.
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