Brasília, 4 de outubro de 2025 – O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, informou que o Brasil obteve redução em tarifas de importação aplicadas pelos Estados Unidos a determinados produtos nacionais. Segundo o ministro, a mudança decorre das conversas mantidas entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente norte-americano Donald Trump, realizadas em 29 de setembro.
Madeira serrada passa a pagar 10%
De acordo com Alckmin, a taxa sobre madeira macia e serrada foi ajustada para 10%. O ministro esclareceu que, para móveis e armários, a tarifa permanece em 25%, percentual aplicado de forma igualitária a todos os exportadores. Em entrevista à Agência Brasil, o vice-presidente pontuou que a manutenção de alíquota global impede perda adicional de competitividade para a indústria brasileira.
Alckmin afirmou que o governo brasileiro apresentou dados que mostram superávit norte-americano na balança comercial bilateral. Esse argumento, frisou, reforça a posição nacional de que o Brasil não representa ameaça ao setor produtivo dos EUA. “Temos bons elementos técnicos para sustentar novas reduções”, declarou.
Próximos passos e risco de retrocesso
Embora destaque os avanços, Alckmin reconheceu que o processo de normalização comercial ainda exige negociação contínua. Reportagem publicada pela imprensa especializada indicou que o risco de retrocesso permanece elevado e que o caminho até a plena eliminação de sobretaxas é incerto. Para especialistas, ganhos duradouros dependem de postura firme e planejamento detalhado por parte do governo brasileiro.
O vice-presidente, que centraliza a articulação com Washington, reiterou otimismo quanto a “novos passos em breve”. Ele não divulgou datas para anúncios adicionais nem antecipou setores que podem ser beneficiados em etapas futuras. Questionado sobre a possibilidade de um encontro formal entre Lula e Trump, limitou-se a dizer que “não há definição no momento”.
Dessobrecarga regulatória na CNH
A agenda de Alckmin incluiu visita a uma concessionária em Brasília, onde defendeu a proposta de reduzir o custo da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ao eliminar a obrigatoriedade de autoescola. Segundo ele, a medida corta despesas para o cidadão e simplifica processos, alinhando-se ao objetivo de reduzir entraves burocráticos que impactam a competitividade.
Integrantes do Ministério do Desenvolvimento avaliam que, além de fortalecer as exportações, a diminuição de exigências internas contribui para um ambiente favorável ao investimento privado. O ministro não informou prazos para a tramitação da alteração legislativa, mas garantiu que o governo dará prioridade ao tema.
Contexto das tarifas nos Estados Unidos
Os EUA mantêm tarifas adicionais sobre uma série de bens estrangeiros desde 2018, quando foram adotadas medidas de proteção a setores estratégicos. Para o Brasil, a taxação atingiu principalmente aço, alumínio, madeira e móveis. Em setembro, Trump anunciou intenção de aplicar tarifa de 100% a determinados produtos farmacêuticos importados e reforçar barreiras ao segmento de móveis.
A equipe econômica brasileira busca diferenciar o país de competidores que enfrentam investigações antidumping ou são acusados de subsídios estatais. Dados oficiais indicam que, em 2024, os EUA obtiveram superávit superior a US$ 5 bilhões na corrente de comércio bilateral. Especialistas avaliam que o cenário favorece pleitos brasileiros por reciprocidade.


Camiseta Camisa Bolsonaro Presidente 2026 Pátria Brasil 6 X 10,00 S/JUROS


Imagem: Fabio Pinto
Impacto potencial para a indústria nacional
Empresas exportadoras de painéis de madeira, portas, pisos laminados e mobiliário consideram que a redução para 10% amplia a margem de preço e preserva empregos no Brasil. Para o setor moveleiro, a manutenção da alíquota de 25% impede perdas adicionais, mas ainda limita o ganho de mercado. Entidades empresariais pedem continuidade das tratativas e priorização de acordos que ampliem acesso a matérias-primas e componentes com menor custo.
Analistas ligados à indústria destacam que o resultado parcial reforça a importância de relações comerciais previsíveis e de um ambiente doméstico mais leve em termos tributários. Na visão do setor produtivo, a combinação de redução tarifária externa com desburocratização interna, como a proposta para a CNH, contribui para elevar a produtividade.
Ao final da entrevista, Alckmin reafirmou que a equipe de comércio exterior permanece em diálogo com o governo norte-americano e que “o Brasil seguirá apresentando fatos concretos” em favor de novos cortes. O vice-presidente não descartou viagens nos próximos meses para reuniões técnicas em Washington.
Para acompanhar outras movimentações na área de política comercial, acesse a editoria de Política em Geral de Notícias.
Em resumo, o governo comemora a revisão tarifária para madeira serrada, mantém foco na desburocratização interna e prepara novas rodadas de negociação com os Estados Unidos. Continue acompanhando nossas atualizações e receba em primeira mão as próximas definições.
Para informações oficiais e atualizadas sobre política brasileira, consulte também:

IMPERDÍVEL! Jair Bolsonaro: O fenômeno ignorado: Eles não entenderam nada



