Brasília, 14 ago – Levantamento do Instituto Datafolha indica que a sociedade brasileira permanece praticamente cindida diante da prisão domiciliar imposta ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo o estudo, 51% dos entrevistados afirmam concordar com a medida decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), enquanto 42% discordam. A sondagem foi realizada entre 11 e 12 de agosto, com 2.002 pessoas de 16 anos ou mais, distribuídas por 113 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Divisão de opiniões sobre Moraes e Bolsonaro
Além da avaliação sobre a prisão, foi solicitado aos entrevistados que opinassem a respeito da condução do caso pelo ministro Alexandre de Moraes. De acordo com o Datafolha, 53% consideram que o magistrado atua dentro da legalidade. Em contraste, 38% entendem que Jair Bolsonaro está sendo injustiçado pelas decisões do relator.
Os números também mostram ampla divulgação do episódio: 87% declararam já ter conhecimento da prisão domiciliar do ex-chefe do Executivo, ao passo que 13% afirmaram desconhecer a notícia.
Origem da decisão judicial
A ordem de prisão domiciliar foi expedida por Alexandre de Moraes em 4 de agosto, no âmbito de investigação que apura suposta atuação de Jair Bolsonaro e do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em atos considerados pelo Supremo como afronta à soberania nacional. O ministro argumentou que o ex-presidente descumpriu medidas cautelares impostas no mês anterior.
No despacho, Moraes destacou dois pontos para sustentar a nova imposição: uma chamada de vídeo entre Jair Bolsonaro e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) durante manifestações ocorridas em 3 de agosto; e uma publicação feita pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) que divulgava mensagem do pai aos apoiadores reunidos em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro. Na gravação, o ex-mandatário saudava os presentes e mencionava a defesa da liberdade.
Defesa prepara recurso
A equipe jurídica de Jair Bolsonaro anunciou que ingressará com “o recurso cabível” para contestar a decisão. Em nota, os advogados lembraram que, na decisão anterior, o próprio ministro estabeleceu que “em momento algum Jair Messias Bolsonaro foi proibido de conceder entrevistas ou proferir discursos em eventos públicos”. Segundo a defesa, o ex-presidente cumpriu rigorosamente essa determinação.


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Metodologia da pesquisa
O Datafolha entrevistou presencialmente 2.002 brasileiros, abrangendo todas as regiões do país. O intervalo de confiança é de 95%, e a margem de erro de dois pontos percentuais, o que significa que a concordância com a prisão pode oscilar de 49% a 53%, e a discordância, de 40% a 44%. A distribuição por sexo, faixa etária, nível de escolaridade e renda segue parâmetros do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Leitura dos resultados
Embora a maioria simples concorde com a prisão domiciliar, a presença de 42% de discordantes revela um cenário de polarização consolidada. Quase quatro em cada dez entrevistados enxergam injustiça na atuação do STF, percentual reforçado pela margem de erro. O índice de conhecimento do episódio, próximo de nove em cada dez brasileiros, demonstra alta repercussão do assunto na opinião pública.
Com a contestação prometida pelos advogados, o tema segue em pauta no Supremo e no debate nacional. A decisão final sobre a manutenção ou revogação da prisão domiciliar poderá alterar os próximos indicadores de opinião. Enquanto isso, os dados atuais evidenciam um país praticamente dividido sobre a medida aplicada ao ex-presidente.

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