Brasília, 26 nov — O presidente nacional do Progressistas, senador Ciro Nogueira (PI), admitiu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ocupa, hoje, posição privilegiada na corrida eleitoral de 2026. Para o parlamentar, a ausência de um adversário consolidado permite ao chefe do Executivo “voar sozinho” no cenário político, embora em “baixa altitude”. A declaração foi concedida neste sábado (25) a jornalistas presentes ao Fórum de Segurança Pública organizado pela Fundação Francisco Dornelles, em São Paulo.
“Avião voando sozinho” e cenário de 2026
Durante a conversa com a imprensa, Ciro Nogueira comparou o ambiente eleitoral a uma partida de futebol: “Se só um time está em campo, ele é o favorito”, resumiu. Segundo o senador, Lula seria esse “time” no momento. Ao usar a metáfora do “avião”, ele acrescentou que a aeronave petista voa “com teto baixo e pouca autonomia”, indicando que a vantagem atual depende da falta de concorrentes alinhados na direita.
Apesar da avaliação, Nogueira reforçou que a oposição deve ganhar altitude à medida que definir um nome único. Para alcançar tal objetivo, o ex-ministro da Casa Civil aposta no papel dos governadores, figuras que, na visão dele, podem costurar consensos e transferir capital político a um postulante competitivo.
Governadores na mira: Tarcísio e Ratinho despontam
Questionado sobre possíveis pré-candidatos, o líder do PP mencionou dois governadores como preferidos: Tarcísio de Freitas (Republicanos), em São Paulo, e Ratinho Júnior (PSD), no Paraná. Os dois gestores, alinhados a pautas econômicas liberais e agendas de segurança pública, são avaliados como nomes capazes de atrair eleitorado conservador e moderação suficiente para ampliar base de apoio.
Nos bastidores, interlocutores próximos reconhecem que Nogueira se movimenta para ocupar eventual vaga de vice-presidente em uma chapa capitaneada por um desses governadores. O senador evita tratar publicamente sobre essa aspiração, mas fontes do Progressistas confirmam a estratégia de fortalecer sua sigla na composição de alianças estaduais e federais até 2026.
Críticas à fala de Lula sobre drogas
Ao longo do evento em São Paulo, Ciro Nogueira comentou a recente polêmica envolvendo declarações do presidente da República em Jacarta, na Indonésia. Na ocasião, Lula sugeriu que traficantes também seriam vítimas do consumo de drogas pelos usuários. Diante da repercussão negativa, o petista alegou que se expressou mal e publicou retratação nas redes sociais.
Para o senador piauiense, a fala revela “pensamento equivocado” sobre segurança pública. “Só tenho a lamentar que tenhamos um presidente da República com esse tipo de posicionamento”, criticou. Ele argumentou que a reação de “repulsa da sociedade, de direita a esquerda”, demonstra desconexão do Palácio do Planalto com a demanda popular por rigor contra o crime organizado.
Engrenagem eleitoral da direita
Embora admita a vantagem tucana no páreo, Nogueira mantém discurso confiante quanto à recomposição do campo conservador. O dirigente do PP destacou que a decisão sobre o candidato passará, obrigatoriamente, por entendimentos nacionais entre partidos e governadores. Ele aposta que um nome definido até meados de 2025 permitiria formar palanque robusto e plano de governo alternativo ao atual.


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Imagem: Internet
Segundo aliados, a construção de programas será fundamentada em responsabilidade fiscal, reformas pró-mercado e fortalecimento das forças de segurança — pontos que aparecem como contraponto às diretrizes petistas. Ao mesmo tempo, líderes partidários afirmam que a direita buscará evitar fragmentação vista no pleito municipal de 2020 e na eleição presidencial de 2022.
Próximos passos
Até o fim do primeiro trimestre de 2024, a cúpula do Progressistas pretende concluir diagnóstico sobre desempenho de base parlamentar em votações de projetos de interesse do Planalto. O partido avalia que suas decisões no Congresso devem mirar equilíbrio entre cooperação institucional e construção de discurso oposicionista firme, evitando ceder protagonismo exclusivamente ao Partido Liberal (PL), maior sigla da oposição formal.
Nesse contexto, Ciro Nogueira deve ampliar agendas estaduais para aproximar-se de lideranças regionais. O objetivo é fortalecer palanques locais, garantir maior número de prefeituras em 2024 e ampliar musculatura para negociações maiores em 2026.
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Em síntese, Ciro Nogueira reconhece a vantagem momentânea de Lula, mas projeta que a direita, ao se unir em torno de um governador bem avaliado, deve colocar o petista sob pressão severa em 2026. Acompanhe nossas atualizações e receba primeiro os desdobramentos do tabuleiro eleitoral.
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