O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, comparou nesta segunda-feira (25) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Getúlio Vargas e sustentou que o sucessor de Lula precisará repetir o ritmo acelerado de desenvolvimento visto na gestão de Juscelino Kubitschek. As declarações foram feitas durante um seminário promovido pelo grupo Esfera Brasil, em São Paulo.
Paralelo histórico entre Vargas e Lula
No discurso, Tarcísio recordou que Vargas ocupou o Planalto por longo período, retornou ao cargo e deixou o país em clima de instabilidade política; à época, o ex-presidente pôs fim à própria vida em agosto de 1954. Para o governador paulista, Lula percorre trajetória semelhante ao voltar ao comando do Executivo quase duas décadas após ter encerrado seus dois primeiros mandatos.
“Lá atrás, tivemos uma pessoa que governou o Brasil por muito tempo, fez muita coisa, que foi Getúlio Vargas. Após seu suicídio instala-se a confusão no Brasil”, afirmou Tarcísio, sem citar Lula nominalmente. O ex-ministro da Infraestrutura enquadrou o cenário atual como um momento que exigirá, em 2026, uma liderança capaz de reorganizar o país em ritmo acelerado.
Pesquisas de intenção de voto divulgadas ao longo de 2023 apontam Tarcísio como o principal nome da direita para disputar a Presidência na próxima eleição. Embora não tenha confirmado candidatura, ele utilizou o painel para reforçar o argumento de que a próxima administração federal deverá “resgatar o espírito desenvolvimentista” de Juscelino Kubitschek.
Metas ambiciosas: de “50 anos em 5” a “40 anos em 4”
Juscelino assumiu o Palácio do Planalto em 1956 com o slogan “50 anos em 5” e implementou um programa de 31 metas focado em energia, transporte e indústria de base. Para Tarcísio, o país precisa novamente de um cronograma ousado de entregas. “Não sei qual será o lema do próximo governo, mas sei que precisamos fazer pelo menos 40 anos em 4”, declarou.
Segundo o governador, JK impulsionou a interiorização do desenvolvimento, viabilizou a indústria automobilística e ergueu Brasília em três anos, exemplos que, na avaliação do ex-ministro, comprovam que metas claras e determinação política podem encurtar prazos. Tarcísio classificou Kubitschek como “líder disruptivo” por ter criado bases que, à época, permitiram ao Brasil dar um “salto subsequente”.
Ao defender metas agressivas, o governador reiterou críticas à atual gestão federal em áreas como infraestrutura, agronegócio e ambiente regulatório. Em sua fala, sustentou que “não é possível aceitar e respeitar quem não gosta do agronegócio”, em referência a setores do governo que, segundo ele, adotam postura hostil ao campo.
JK, popularidade e polêmica sobre a morte
O mandato de Kubitschek se encerrou em 1961 com índices elevados de aprovação. Posteriormente, em 1966, ele integrou a Frente Ampla, movimento pela redemocratização liderado por Carlos Lacerda e que também contava com o ex-presidente João Goulart, deposto em 1964.
JK faleceu em acidente de automóvel na Via Dutra em 22 de agosto de 1976. Ainda que a Comissão Nacional da Verdade tenha concluído, em 2014, que a morte foi acidental, integrantes da Comissão Municipal da Verdade de São Paulo sustentam a hipótese de assassinato pelo regime militar.


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Imagem: Internet
Cenário para 2026
Com a comparação entre Vargas, Lula e JK, Tarcísio desenhou um roteiro político no qual o próximo presidente deverá, em quatro anos, executar um plano de transformação econômica equivalente a quatro décadas. Apesar de evitar anunciar oficialmente uma candidatura, o governador paulista desponta como protagonista nas articulações da direita, especialmente após a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro.
No curto prazo, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deverá decidir se mantém ou amplia as restrições impostas a Bolsonaro após a inclusão dos argumentos da defesa apresentados na última sexta-feira (22). A definição do cenário jurídico do ex-mandatário pode influenciar diretamente as composições partidárias para o pleito de 2026.
Tarcísio também reforçou que um eventual programa de “40 anos em 4” exigirá alavancar investimentos privados, simplificar normas e priorizar projetos de logística. O governador tem defendido novas concessões rodoviárias, expansão ferroviária e revisão do licenciamento ambiental para acelerar obras.
Em linha com o discurso conservador, Tarcísio afirmou que vê espaço para uma agenda de reformas que reduza o peso do Estado e fortaleça a livre iniciativa. Na avaliação dele, a combinação de investimentos em infraestrutura, segurança jurídica e respeito ao agronegócio formaria o tripé para recolocar o país em trajetória de crescimento robusto.
Se o projeto de “40 anos em 4” prosperará ainda é questão para os próximos capítulos da política nacional, mas o posicionamento de Tarcísio já sinaliza que o debate sobre metas ambiciosas de desenvolvimento marcará o ciclo pré-eleitoral.
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Em resumo, Tarcísio de Freitas lançou mão de um paralelo histórico para criticar o governo atual e defender um futuro mandato inspirado em Juscelino Kubitschek, com metas condensadas em “40 anos em 4”. Continue acompanhando nossas atualizações e participe nos comentários sobre qual agenda econômica você considera essencial para o Brasil avançar.

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